José Mourinho considera que a vitória tranquila do Manchester United no campo do Bournemouth (3-1), na ronda inaugural da Premier League, resultou do «bom trabalho» que a equipa realizou durante a semana que se seguiu à conquista da Supertaça de Inglaterra. No final do jogo, o treinador reforçou a candidatura ao título.

«Foi uma boa semana de trabalho para nós. Começou com uma boa sensação com a vitória na Supertaça, mas a semana correu mesmo bem, preparámos bem o jogo. Sabíamos que os primeiros 15/20 minutos iam ser assim, com eles a jogar com intensidade e a pressionar forte no meio-campo. Por isso tivemos de controlar primeiro, mas depois disso começámos a encontrar as nossas bases para jogar. Na segunda parte acho que já fomos muito competitivos», começou por destacar na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo deste domingo.

Wayne Rooney abriu o marcador no final da segunda parte, depois Rooney e Ibrahimovic aumentaram a vantagem. «O primeiro golo deu-nos confiança, fomos à procura de mais, conseguimos ser muito objetivos. Os jogadores do ataque estiveram todos muito em jogo», prosseguiu.

Na antevisão do jogo, Mourinho assumiu claramente a candidatura ao título. «Não é preciso uma declaração, todos sabem que vamos lutar pelo título. Se ganhamos ou não, é outra história. Toda a gente conhece as nossas intenções, não nos escondemos. Não nos escondemos nas palavras, nem na nossa abordagem. Vamos lutar enquanto for possível. Se um dia já não for matematicamente possível, então pensaremos nos quatro primeiros lugares. Se fizermos melhor do que as últimas épocas será bom, mas queremos que sejam mais do que bom», reforçou.

«Ibrahimovic continua no topo das suas qualidades»

Ibrahimovic, que já tinha marcado na Supertaça, voltou a marcar este domingo e voltou a jogar 90 minutos. «O que vos posso dizer é que na mesa para o pequeno-almoço e para as outras refeições, ele está rodeado pelos mais jovens. O Luke Shaw, o Michael Rashford são os que partilham a mesa com ele. Ele sabe o que pode ser para os mais jovens. O que ele pode ser para a equipa, tens de esquecer o passaporte e que ele tem 34 anos porque ao nível da mente e do corpo ele não é uma pessoa de 34 anos. Ele continua no topo das suas qualidades», comentou.

Um comentário especial também para Martial eu voltou a ser primeira a opção sobre a esquerda. «O movimento no lance do golo foi muito bom, acho que ele está a progredir passo a passo, mas já deu alguns fogachos do que pode fazer. Quando olhamos para os jogadores que não estiveram no relvado, vemos Lingard, Rashford, Mkhitaryan, Menphis Depay, Ashley Cole, temos muitos. Quando setembro chegar, com a Taça da Liga e com a Liga Europa, temos gente suficiente para jogar e para procurarmos ser competitivos em todas as competições», referiu.

Um início de uma nova época, agora com um niovo emblema, mas com o mesmo nervosismo de sempre. «Antes do jogo senti, um bocadinho.Com tantos anos de futebol ter essa sensação, é normal. Nunca me esqueço de uma vez que vim com o Real Madrid a Old Trafford e perguntei a Alex Ferguson se continuava a sentir esse nervosismo. Disse-me que sim. Foi aí que percebi, nunca vai mudar. É para sempre», destacou ainda.