Manuel Cajuda, treinador do Olhanense, depois da derrota em casa diante do V. Setúbal (0-1), em jogo da 19ª jornada da Liga:

«O jogo não correu bem. O Arsène Wenger disse esta semana que nenhuma derrota tem grandes justificações. Não jogámos o jogo que gostamos de jogar, nem tão bonito quanto desejado. As equipas equivaleram-se em futebol, não fugiram muito uma da outra, ambas com a ansiedade do jogo. Mas a nossa cometeu um erro. Cometeu um erro e perdeu. Mas os erros dos meus jogadores, assumo-os todos. Se alguém quiser culpar o Maurício, é bom recordar que há pouco tempo empatámos no Estoril com um golo dele. A vida é feita destes contratempos».

[O Olhanense fica numa situação complicada] 

«Sobre a situação do clube e a posição na tabela, a vida não é fácil. Não é fácil para milhões de pessoas, não é só para nós. Seguramente, e as pessoas de Olhão conhecem-me bem e sabem que subi a pulso, estou à procura das soluções e vamos encontrá-las. Parece-me também, e isto não é a treta do costume de vir culpar o árbitro, que ficou uma grande penalidade por marcar. E depois não tivemos capacidade para construir oportunidades de golo, tirando uma no fim do jogo, na qual a bola podia entrar, e tivemos outras jogadas que podiam dar finalização. Mas não jogámos bem».

 

[O Olhanense entrou em campo sem um ponta-de-lança de raiz] «Como vocês sabem, os pontas-de-lança que jogaram, Djaniny e Leandro, chegaram há oito dias e ainda nem sabem metade dos princípios que caracterizam a equipa. Como se costuma dizer, ¿depois do batizado, não faltam padrinhos¿. Se tivesse tirado o Targino, que tem sido o marcador dos nossos golos nos últimos jogos, e tivesse perdido, as pessoas acusavam-me por o ter tirado. Não é por ter muitos avançados que se ataca muito. Terminámos com três pontas-de-lança e não foi por aí».

[Empate no Dragão desperdiçado] 

«A derrota é muitas vezes a mãe de muitas vitórias. Há jogos para ganhar e vamos fazer pontos. No final fazem-se as contas. Já passou mais uma jornada e ainda há quem esteja pior que nós. Já toda a gente pensava que o empate no Dragão dava para tudo, mas não é assim. A equipa só tem duas vitórias em casa esta época e, durante o ano passado, de janeiro a dezembro, só venceu três vezes. É um problema jogar em casa. Vamos tentar encontrar soluções para esse problema».