O regresso ao Nacional, na última época, deu-se com a competição já em andamento e com a equipa em sérias dificuldades na tabela. É difícil pegar numa equipa idealizada por outro?
«Já tinha passado por situações semelhante em Braga, com um grupo que dificultou muito que as coisas melhorassem, e no Aris de Salónica, onde houve melhoria de rendimento ao nível dos 100%. Cheguei com a equipa em último lugar e conseguimos terminar próximos dos lugares europeus. Acaba por ser diferente porque uma coisa é trabalhar com a direção e encontrar jogadores que encaixem na nossa ideia, outra é ter um plantel feito por outra cabeça».
«Já tinha passado por situações semelhante em Braga, com um grupo que dificultou muito que as coisas melhorassem, e no Aris de Salónica, onde houve melhoria de rendimento ao nível dos 100%. Cheguei com a equipa em último lugar e conseguimos terminar próximos dos lugares europeus. Acaba por ser diferente porque uma coisa é trabalhar com a direção e encontrar jogadores que encaixem na nossa ideia, outra é ter um plantel feito por outra cabeça».
Concorda, então, que não é uma situação ideal nem para o treinador nem para o clube?
«Uma boa época resulta, essencialmente, numa boa ideia para o jogo e num bom planeamento, muito mais do que depois estar a remendar aquilo que foi feito por outros».
«Uma boa época resulta, essencialmente, numa boa ideia para o jogo e num bom planeamento, muito mais do que depois estar a remendar aquilo que foi feito por outros».
É, hoje, mais difícil encontrar jogadores de qualidade que sejam mais-valias para equipas da classe média do futebol português?
«É mais difícil mas não é só para o Nacional. Também o é para o Sporting de Braga, para o Benfica, Marítimo ou qualquer outro. Os orçamentos dos clubes foram reduzidos em 50%.e os mercados com que nos socorríamos com frequência são uma miragem neste momento. Ou se vai buscar à base, aos estaduais, ou é muito complicado».
«É mais difícil mas não é só para o Nacional. Também o é para o Sporting de Braga, para o Benfica, Marítimo ou qualquer outro. Os orçamentos dos clubes foram reduzidos em 50%.e os mercados com que nos socorríamos com frequência são uma miragem neste momento. Ou se vai buscar à base, aos estaduais, ou é muito complicado».
É também por isso que o Nacional se virou para outras abordagens, nomeadamente para o jogador africano?
«Temos, de fato, jogadores de origem africana, como Zainadine, Mexer, Djaniny, Lucas João, Mateus, entre outros, que provêm de mercados alternativos. É uma escola nova, o jogador africano é muito talentoso, mas tem tanto de talento como de falta de princípios de jogo. Isso exige mais paciência».
«Temos, de fato, jogadores de origem africana, como Zainadine, Mexer, Djaniny, Lucas João, Mateus, entre outros, que provêm de mercados alternativos. É uma escola nova, o jogador africano é muito talentoso, mas tem tanto de talento como de falta de princípios de jogo. Isso exige mais paciência».
Com este perfil de jogadores o técnico assume, na plenitude, o papel de professor, na medida em que os ensina e prepara para o futuro. Dá-lhe gozo este tipo de trabalho?
«Claro que sim. Este é um plantel do qual eu gosto muito, porque tem muitos jogadores jovens que se a porta não estiver fechada no dia de folga eles vêm treinar nas nossas costas. Há uma grande ambição de crescer, de aprender, e quando se trabalha com este tipo de matéria-prima só se pode estar agradado».
«Claro que sim. Este é um plantel do qual eu gosto muito, porque tem muitos jogadores jovens que se a porta não estiver fechada no dia de folga eles vêm treinar nas nossas costas. Há uma grande ambição de crescer, de aprender, e quando se trabalha com este tipo de matéria-prima só se pode estar agradado».
Apesar de o Nacional ter conseguido manter a espinha dorsal da equipa, os resultados iniciais causaram alguma desconfiança. Como é que explica esse arranque menos positivo?
«Este grupo é bom, tem vários elementos jovens e, quando assim é, há erros que se cometem. No jogo com o Estoril, uma equipa mais experiente tinha ganho. Marcámos, tivemos vários momentos para vincar o resultado e, depois, não é qualquer equipa que leva três golos em três minutos. Um conjunto mais experimentado nunca levava o segundo porque quebrava o jogo e ia para intervalo empatado».
«Este grupo é bom, tem vários elementos jovens e, quando assim é, há erros que se cometem. No jogo com o Estoril, uma equipa mais experiente tinha ganho. Marcámos, tivemos vários momentos para vincar o resultado e, depois, não é qualquer equipa que leva três golos em três minutos. Um conjunto mais experimentado nunca levava o segundo porque quebrava o jogo e ia para intervalo empatado».
Daí para cá a equipa tem vindo a melhorar o seu desempenho e ocupa, neste momento, o quarto lugar da tabela classificativa. Olhando para a curva evolutiva a conclusão parece óbvia: a equipa está a crescer…
«É evidente que, com o passar dos jogos, temos estado mais perto daquilo que são as nossas capacidades. Neste momento estamos numa fase interessante, mas vamos ver o que ela dura porque vêm aí confrontos com adversários exigentes, como, de resto, foram o Rio Ave e o Sporting de Braga. Conseguimos resultados expressivos, com bons índices defensivos e ofensivos, contra equipas que são, de fato, muito complicadas. Veremos como é que a equipa vai reagir a esta quebra de competição».
«É evidente que, com o passar dos jogos, temos estado mais perto daquilo que são as nossas capacidades. Neste momento estamos numa fase interessante, mas vamos ver o que ela dura porque vêm aí confrontos com adversários exigentes, como, de resto, foram o Rio Ave e o Sporting de Braga. Conseguimos resultados expressivos, com bons índices defensivos e ofensivos, contra equipas que são, de fato, muito complicadas. Veremos como é que a equipa vai reagir a esta quebra de competição».