Manuel Machado, treinador do V. Guimarães, em declarações no final da vitória (3-1) na Madeira sobre o Nacional:

«Tinha assistido às duas partidas do Nacional. No Rio Ave esteve mediano e venceu com alguma felicidade. Frente ao Benfica conseguiu a vitória com uma excelente exibição. Por isso tínhamos visto o branco e o preto desta equipa nacionalista, que tem uma base que transita e dá segurança, para além de alguns reforços de muita qualidade como os homens de leste que chegaram. Juntando o público, o campo e a moral em alta, sabíamos que tínhamos um grande obstáculo pela frente.

Depois de uma primeira parte amorfa, cinzenta com as equipas encaixadas, houve um segundo tempo mais interessante. O Nacional entrou melhor e marcou. Para além da desvantagem no marcador ainda tivemos uma lesão com gravidade e obrigou a uma substituição. Mas a equipa mostrou-se organizada, não abanou e com as alterações feitas, agitou-se o jogo e conseguimos três golos, com dois deles muito bem conseguidos. Pela última meia hora e a reacção, a vitória é justa.

Valeu a pena esperar pelo Toscano. Foi um processo longo, pois o que tem qualidade tem preço e é preciso ser persistência e ter disponibilidade financeira. Fomos mais do que uma vez ao Brasil e pelo que se viu hoje, ater continuidade e acredito que vai ter, de alguma maneira justifica o investimento feito.

Temos muito trabalho pela frente. Tivemos progressos e era importante dar continuidade ao crescimento embora o resultado com o Rio Ave não fosse o melhor, até porque vínhamos à Choupana e recebemos depois o Benfica. Julgo que melhorámos mas ainda não estamos ao nível pretendido para lutar pela Europa, mas com a inclusão de mais alguns indisponíveis vamos melhorar e vãos ficar ais próximos e será uma das boas equipas do campeonato a lutar com uma concorrência forte. Vai ser um longo conjunto de batalhas.

Esta é uma casa que quando nela penso, vem à ideia duas palavras: respeito e gratidão. Deram oportunidade de trabalho. O ganhar aqui era importante para somar três pontos e passar um obstáculo difícil. Nesta casa sei que há gente que não gosta de mim, mas nem o senhor que está no céu agrada a todos, seis que houve duas ou três pessoas com responsabilidades cá dentro que aproveitaram uma fragilidade face a minha doença, mas não estou desatento. Mas não confundo esta grande instituição com duas ou três pessoas. Tenho respeito e gratidão é o que sinto realmente.»