Fernando, definitivamente gigante
O jeito como amansou a bola no peito, rodeado por adversários, num lance ainda no primeiro tempo, simboliza com perfeição a maturidade com que abordou este encontro. Esta terá sido a definitiva prova de maturidade de um menino que chegou do Brasil em 2007, cresceu no Estrela da Amadora e tornou-se um médio-defensivo de indiscutível qualidade. Muito bem na forma como cortou linhas de passes aos adversários que surgiram na sua zona de acção e nas compensações aos colegas da defesa. Fez intercepções impossíveis numa noite grandiosa. Terá feito o seu melhor jogo de sempre com a camisola do F.C. Porto. Um gigante!
Mariano, o justiceiro de Old Trafford
Um golo pleno de classe e confiança a atenuar a injustiça no marcador. 11 minutos em campo e uma marca indelével na eliminatória. Este argentino cresceu a olhos vistos nos últimos meses.
Cristiano Ronaldo, a antítese de Fernando
Pouco mais há a acrescentar ao que escrevemos na crónica sobre o português do ManUtd. Uma das maiores decepções da noite, talvez a maior. Terá de repensar rapidamente a sua forma de estar dentro de um campo de futebol. Um bom remate de cabeça e um pontapé à figura de Helton foi o que fez de melhor.
Rodríguez, o pé esquerdo do golo
Bola colada ao pé esquerdo, cabeça levantada e remate colocado para o golo do F.C. Porto em Old Trafford. Um começo de sonho do uruguaio, que ainda antes dos 20 minutos obrigou Van der Sar a defesa segura após um excelente cabeceamento. É um jogador fortíssimo no um para um. Colocou em sentido a defesa do United desde o primeiro instante numa das suas melhores actuações na Liga dos Campeões esta temporada.
Cissokho, caça-fantasmas
Ao nosso lado na bancada, os jornalistas questionavam quem seria aquele lateral desconhecido. Corajoso a atacar, sempre enérgico num vaivém dinâmico, a defender bem e a entregar com consciência a bola. Aly Cissokho começa a afirmar a sua qualidade outrora suspeita e a lidar com positiva indiferença com os fantasmas que pairavam sobre o lado esquerdo da defesa azul e branca. Grande remate aos 69 minutos, a obrigar Van der Sar a uma defesa providencial.
Helton, menção honrosa
Tantas vezes criticado, merece hoje uma menção honrosa. Duas grandes intervenções e muita concentração do princípio ao fim.
Bruno Alves, três erros graves
O único dragão a merecer nota negativa esta noite. Desconcentrado, atrasou mal a bola para Helton e permitiu a Rooney o 1-1; mal colocado, deu mão à entrada da área e cometeu falta em zona proibida; expectante, permitiu a Rooney tocar de calcanhar para Tevez no 1-2. Esta não era mesmo a noite de Bruno Alves.