O treinador do Manchester United, Alex Ferguson, admitiu mudar de táctica devido à saída de Cristiano Ronaldo. O internacional português, agora no Real Madrid, foi o melhor marcador da equipa nas duas últimas épocas e, agora, o escocês vai ter de encontrar novo modelo para garantir vitórias.
«Obviamente que Ronaldo é uma grande perda em termos de golos, mas temos de adaptar-nos para encontrá-los noutro lado», disse Ferguson à revista do clube, a Inside United. «As nossas tácticas irão ajustar-se de acordo com isso», completou.
O técnico não tem dúvidas. A saída do camisola sete obriga a equipa a mudar. «Os adeptos vão ver-nos a jogar um estilo ligeiramente diferente», declarou sir Alex.
A aposta parece passar por um dupla atacante, com Rooney a deixar de jogar tantas vezes na ala, assim como Dimitar Berbatov. «A última época foi estranha para ele, se calhar não usámos Berbatov do modo mais correcto, mas sabemos como utilizá-lo agora: mais à frente, a jogar como ponta-de-lança», disse, para depois completar: «Teve uma primeira época para adaptar-se e pode render-nos mais de 20 golos.»
Alex Ferguson tem também delineada a meta de golos do United em todas as competições. «Normalmente, tenta-se fazer 100 golos no total das provas, portanto, é para aí que olhamos», referiu, para acrescentar que se o Man U quer «vencer a Premier League e ter uma boa campanha na Europa, certamente precisa de jogadores que apareçam e preencher a vaga deixada por Ronaldo».
Desse modo, Ferguson espera que Rooney e o novo camisola sete do clube rendam golos. «Wayne é capaz de marcar 18 ou mais e, se Michael Owen fizer 25 jogos esta época, acho que ele marca 15 golos», apostou.
Outra das armas do escocês, é fazer com que a linha média suba o número de golos apontados. «Se olharmos uns anos para trás, podemos verificar que podíamos contar com Paul Scholes, Ryan Giggs e David Beckham, que garantiam quase sempre cerca de dez golos», analisou Ferguson, para concluir de seguida: «O meio-campo «secou» um bocadinho nos últimos anos, portanto temos de mudar isso. Estou a pensar que Park, Nani, Valência, até Welbeck e Macheda, contribuam com 40 golos entre eles, uma vez que os defesas vão fazer alguns nas bolas paradas.»