O treinador do Sevilha, Gregório Manzano, está confiante que a equipa poderá dar a volta à desvantagem na eliminatória trazida da primeira mão. O técnico considera, mesmo, que o jogo é mais importante para o conjunto andaluz do que para os dragões, uma vez que os portugueses ainda têm outros objectivos na temporada.

«Sabíamos que ia ser difícil, mas saiu o sorteio. Mas já passámos um obstáculo difícil, como o Dortmund, e este é outro. O F.C. Porto ainda tem o campeonato para ganhar, se ficarem eliminados é um mal menor. Nós não e, por isso, temos de lutar até ao último minuto, para seguir em frente. Temos de fazer o mesmo da primeira mão, porque o Sevilha não foi inferior, pelo contrário. Fomos superiores, merecíamos a vitória. Temos capacidade de passar. É difícil mas não é impossível», afirmou Manzano, na conferência de imprensa de antevisão do duelo com os portistas.

Ao contrário do F.C. Porto, o emblema espanhol jogou no último fim-de-semana (vitória por 1-0 sobre o Hércules) e, por isso, pode ficar em desvantagem física. Manzano lembrou isso mesmo e deixou antever «alguma variação no onze inicial». Mas nunca a pensar na titularidade, ou não, de Radamel Falcao.

«O F.C. Porto é forte com Falcao ou sem Falcao e estamos preparados para os dois casos. O que varia é a posição do Hulk. Ninguém discute a qualidade do Falcao, mas não vai haver resposta do Sevilha em função de ele jogar ou não. Se um bom jogador do rival não está, agradece-se. Se está, há que enfrentá-lo», frisou.

«Não podemos querer marcar o segundo antes do primeiro»

Os números não deixam dúvidas. Para seguir em frente, o Sevilha tem de marcar, pelo menos, dois golos no Dragão. Tarefa difícil, mas não impossível. Manzano usou, até, o exemplo do triunfo do Benfica para a Taça de Portugal, com um resultado que serviria perfeitamente ao Sevilha.

«O que é importante é que os jogadores não queiram marcar o segundo antes do primeiro. Houve muitos jogos em que fizemos dois golos ou mais na Liga espanhola e demos a volta a situações adversas. Temos de ter em conta o rival, que tem grande capacidade técnica, uma boa defesa e sai bem em contra-ataque. Mas temos de ter na cabeça que temos de marcar dois golos para passar. Se não os marcarmos não podemos pensar em seguir», lembrou.

E, para o final, ainda deixou uma questão: «Por que não marcar três golos? O problema é a finalização. Temos de concretizar as oportunidades que tivermos. Se só conseguirmos uma oportunidade, pelo menos que marquemos essa e depois vemos o que acontece a seguir.»