Nome: Diego Armando Maradona

Data de nascimento: 30 de Outubro de 1960

Posição: médio

Nacionalidade: argentina

Período de atividade: 1975-1997

Clubes: Argentinos Juniors (1975-80), Boca Juniors (1980-82, 96-97), F.C. Barcelona (1982-84), Nápoles (1984-91), Sevilha (1992), Newell¿s Old Boys (1993-94), Racing (1995)

Principais títulos: Campeão do Mundo pela Argentina (1986); Campeão do Mundo de sub-19 (1979); campeão argentino pelo Boca Juniors (1981); Campeão da Série A, pelo Nápoles (1986/87; 89/90); uma Taça de Itália, pelo Nápoles (1987); uma Taça UEFA, pelos Nápoles (1988); uma Taça do Rei pelo Barcelona (1983).

Chamaram-lhe o «maior amigo da bola». Diego Armando Maradona tomou o gosto ao futebol nos subúrbios pobres de Buenos Aires, longe de saber que um dia seria uma das maiores lendas do desporto-rei. Domou a bola como ninguém, levantou estádios e levou multidões à euforia, quase na mesma medida em que, nos últimos anos de carreira, alimentou as páginas dos jornais com escândalos e polémicas.

Entre a glória e a decadência, o «pelusa», como era conhecido pelos amigos de infância, estreou-se aos 9 anos no Cebollitas e revelou-se aos 15 anos, no futebol sénior, ao serviço do Argentinos Juniors. Um pé esquerdo de habilidade sobrenatural e uma alegria de jogar contagiante eram as principais marcas de identidade. Nunca deixaram de acompanhá-lo nos 20 anos seguintes.

Passou por clubes como o Boca Juniors (Argentina), o Barcelona (Espanha) e o Nápoles (Itália), mas afirmou-se sobretudo como o número 10 inconstestável da selecção nacional argentina. Com a camisola azul-celeste, Diego Maradona escreveu alguns dos momentos mais fantásticos da história do futebol e marcou golos difíceis de esquecer.

O mais marcante de todos aconteceu nos quartos-de-final do Mundial 1986, no México. No auge da sua arte, o argentino passou por seis defesas ingleses para obrigar o guarda-redes Peter Shilton a ir buscar a bola ao fundo das malhas. Essa é a partida mais emblemática da lenda-Maradona. Minutos antes, o argentino enganara o árbitro tunisino Ali Bennaceur, marcando um tento com a mão. Pouco depois, explicava aos jornalistas que se tratou da «mão de Deus», numa alusão à histórica rivalidade com os ingleses, acentuada pela recente Guerra das Malvinas.

Com o estatuto de jogador mais caro do Mundo ¿ conseguido primeiro em 1982, com a transferência do Boca Juniors para o Barcelona, e depois em 1984, da Catalunha para o Nápoles - Maradona justificava enfim a designação de melhor futebolista mundial. A segunda metade da década de 80 pertenceu-lhe por inteiro e o Nápoles, habituado a desempenhar papéis secundários na hierarquia do futebol italiano, descobria-se capaz de ganhar o até aí inatingível scudetto, por duas vezes, e de conquistar a Taça UEFA em 1989.

O Mundial de 1990, onde, mesmo lesionado, levou uma débil seleção argentina à final com a Alemanha (derrota por 0-1, acolhida por lágrimas inesquecíveis, transmitidas para todo o Mundo nos grandes planos das câmaras da RAI), marcou o princípio do fim. À exceção dos napolitanos, todos os italianos estavam contra ele. A FIFA também começava a dar sinais de incómodo perante o seu crescente protagonismo, que muitas vezes se confundia com uma arrogância alimentada pela toxicodependência e pela corte de oportunistas que nunca o largava.

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