Márcio Madeira fez hoje a sua estreia na I Liga. E quem sai aos seus não degenera. É que este médio ofensivo é filho do antigo avançado Vítor Madeira, que também brilhou na Madeira, ao serviço do rival Marítimo. Hoje fez a assistência para o golo de Diego Barcellos.

«Foi um sonho tornado realidade. Era um sonho que mantinha desde criança, pois sempre ambicionei jogar na I liga. Hoje tive a oportunidade de entrar e de poder ajudar a equipa, pois conseguimos mais uma vitória no campeonato.»

(Considera que agora pode ganhar um lugar?) «Nunca senti que não tinha lugar, nem que tinha lugar garantido. Temos um plantel grande, com jogadores de muita qualidade, e sabia que tinha de esperar e continuar a trabalhar todos os dias de maneira igual, para que um dia se surgisse uma oportunidade a agarrar. A competição entre nós é saudável e é enorme. São muitos jogadores e sabia que tudo tem o seu tempo. Tive de adaptar-me a uma realidade diferente, hoje pude ajudar e isso deixa-me satisfeito.»

(Sentiu muitas diferenças nesta I Liga?) «Senti muitas dificuldades no começo da temporada, principalmente, nos primeiros tempos que não foram fáceis. O ritmo é diferente, a qualidade técnica é superior, temos de ser mais rápidos a pensar e a executar. Tudo teve a sua fase. Hoje estou bem adaptado e as pessoas tratam-me muito bem e estou feliz aqui no Nacional.»

(É verdade que poderia ser emprestado ao Fátima?) «O que soube foi pelos jornais. Sempre tive a cabeça no Nacional. Sabia que não iria jogar no princípio. Tinha consciência que era difícil chegar e impor-me. Sabia que teria de trabalhar mais que os outros e partir de trás, pois a minha realidade era diferente. Em Dezembro, o que soube foi pela comunicação social. Nunca pensei em sair. Custou muito chegar aqui, para ser sincero, foram épocas bem duras nas divisões mais baixas. Não quero abrir mão do sonho de jogar no Nacional.»

(Quer continuar mesmo não jogando¿) «Prefiro ficar no Nacional, mesmo não jogando, ajudando no que o treinador entender. Não me sinto titular, mas também não sou um jogador excluído. Sou um elemento do grupo».