Marco Airosa, internacional angolano do Fátima, acredita que é possível derrubar o F.C. Porto na Taça da Liga, na eliminatória que está marcada para 26 de Setembro próximo. O defesa oferece todo o favoritismo ao campeão de Portugal e destaca Ricardo Quaresma como «um fora-de-série», mas lembra também que nos jogos a eliminar tudo é possível e recordou o exemplo do Atlético que há um ano apagou a chama do Dragão.
«Vai ser um jogo muito difícil para nós, mas é na Taça da Liga e nos jogos de taça pode sempre haver surpresas. Já afastamos o Santa Clara, a Académica e o F.C. Porto pode ser o próximo. Eles são mais fortes, sobre isso não há dúvida, mas eles é que têm qualquer coisa a perder, nós vamos estar mais tranquilos e fazer o nosso jogo, sem qualquer pressão», comentou.
A época passada, na abertura de 2007, o clube da Tapadinha afastou o F.C. Porto com um golo solitário de David em pleno Estádio do Dragão. Um jogo que é agora recordado em Fátima como motivo de inspiração e crença. «Se o Atlético o conseguiu, nós também podemos fazer o mesmo», destacou o lateral.
Marco Airosa não se cansa de manter acesa a chama da esperança de que a sorte esteja do lado do Fátima no próximo dia 26, mas nunca deixou de realçar as mais-valias do F.C. Porto. «Para mim é sobretudo o Quaresma. Depois têm uma defesa muito forte, o Bosingwa e Bruno Alves são muito bons, são uma grande dupla, mas no F.C. Porto, para mim, o ponto mais forte é o Quaresma, é um fora-de-série», referiu.
Do lado do Fátima, não há figuras de destaque e para Airosa o ponto mais forte é uma grande vontade comum a todos os jogadores. «Temos um bom colectivo, somos uma equipa muito unida, com uma grande vontade de vencer e com um espírito de equipa muito forte. Não temos objectivos fixos para esta época, a não ser ganhar jogo a jogo, um de cada vez, depois logo se vê o que dá», acrescentou.
Vem aí a CAN-2008: «Espero que este seja o ano de Angola»
Marco Airosa acredita que está na hora dos Palancas mostrarem o seu valor na Taça das Nações Africanas já em Janeiro, na fase final que vai decorrer no Gana. O defesa que alinha no Fátima considera que a actual equipa de Angola, depois da participação no Mundial-2006, precisa agora de mostrar o seu real valor no continente numa prova onde nunca teve sucesso.
«Angola tem vindo a provar que está cada vez mais forte, mas temos falhado nas fases finais do CAN. Sempre que chegamos à CAN não conseguimos impor a nossa força. Espero que este seja o ano de Angola», destacou.
A equipa de Oliveira Gonçalves chega à fase final depois de uma qualificação tranquila, perdendo apenas o último jogo no Quénia, quando já não precisava de pontos e com uma equipa sem as suas principais figuras. Ainda assim, os palancas desperdiçaram a oportunidade de, pela primeira vez, concluírem uma qualificação sem derrotas. «Era importante conseguir isso, mas já estávamos qualificados. Não digo que os que jogaram não tenham querido fazer boa figura, mas o importante é que já estávamos qualificados», comentou.
No final da partida em Nairobi, Oliveira Gonçalves aceitou a derrota como justa e queixou-se da ausência de jogadores importantes. «É normal, o seleccionador tem uma base de jogadores que jogam há muito tempo juntos, jogadores que se conhecem bem e já estão rotinados a jogar uns com os outros. Desta vez, como a qualificação já estava garantida, o treinador entendeu chamar jogadores que têm tido menos oportunidades. Não digo que não tenham valor, mas não estão habitados a jogar juntos e assim é mais difícil», referiu Airosa.
Mantorras vai parar no Benfica, a conselho de José António Camacho, até ao final do ano, mas Airosa acredita que o seu companheiro vai estar pronto em Janeiro para dar o seu melhor. «Acho que o Pedro é um grande jogador e, se recuperar bem, vai ter ainda muitas alegrias para dar aos benfiquista e aos angolanos», referiu.