Depois de quatro anos contratualmente ligado ao F.C. Porto, Marcos António quebrou o vínculo com os dragões e prepara-se para iniciar uma nota etapa no futebol português. O defesa-central que na última época esteve cedido ao Gil Vicente cansou-se de ser emprestado e preferiu vincular-se à U. Leiria a título definitivo. Rescindiu contrato com o F.C. Porto antes de ir de férias e respondeu que sim o conselho de se juntar ao plantel leiriense. «Havia outros clubes interessados, mas o F.C. Porto tinha um acordo de cavalheiros com a U. Leiria para a minha transferência e eu aceitei essa hipótese».
O brasileiro foi por isso englobado no pacote que permitiu aos azuis e brancos adquirir João Paulo. Durante a próxima semana vai assinar um contrato de dois anos e começar a trabalhar para dar novamente o salto o mais breve possível. Tal como fez há quatro anos quando deixou o Corinthians Alagoano para assinar pelo F.C. Porto. Cuja camisola principal, de resto, nunca chegou a vestir. «Se nunca tive uma oportunidade de provar o meu valor na equipa principal foi por responsabilidade da direcção e dos treinadores».
Marcos António falou com os jornalistas no aeroporto, à chegada das férias passadas no Brasil natal, e não escondeu que o fim da ligação a um grande clube como o F.C. Porto deixa sempre marcas. «Fica-se sempre com uma certa frustração, claro, mas saio com a consciência tranquila de que sempre dei o meu melhor», adiantou. «Ser mais uma vez emprestado não era do meu agrado. Preferi ir para a U. Leiria em definitivo, porque assim até fica mais fácil sair para outro clube maior no final da época. Não pertencendo ao F.C. Porto é mais fácil ser vendido, até mesmo para o estrangeiro. É com esse pensamento que vou iniciar esta época, para dar o salto no final».
Na formação leiriense vai reencontrar Domigos Paciência. «Já trabalhei com ele um pouco no F.C. Porto B», recorda. «É uma excelente pessoa e um bom treinador». O que o motiva ainda mais para esta nova etapa. «Vou tentar ajudá-lo para que ele também me ajude a mim». No fundo é essa a intenção de Marcos António. Ajudar para ser ajudado. «Vou tentar fazer tão bem ou melhor trabalho do que fiz no Gil Vicente. Antes de mais vou trabalhar para ajudar a U. Leiria. Se o clube fizer um bom trabalho, os jogadores também vão sair valorizados».