Marcus Rashford teve uma infância difícil. O agora jogador do Manchester United, de 23 anos, passou por bastantes dificuldades económicas antes de se tornar numa estrela da Premier League. Rashford não esquece esses momentos duros que ele e os irmãos viveram e é isso que o motiva a empenhar-se nas campanhas de solidariedade que tem feito.

Em entrevista à BBC, Melanie Maynard, mãe do jogador, contou um pouco sobre a realidade da família na altura.

«Eu tinha três empregos porque se não tivesse não teria hipótese de cozinhar uma refeição, era difícil», admitiu, acrescentando: «Às vezes, nem pão tínhamos em casa. Fico envergonhada por o dizer, mas não tínhamos.»

Por isso, quando Rashford tinha 11 anos, a mãe convenceu o Manchester United a aceitá-lo na academia um ano mais cedo do que o habitual.

«Ele ficou a viver lá com 11 anos. É triste, mas era o melhor para ele. Não foi fácil, mas sabia o que lhe iria acontecer se continuasse cá fora nas ruas», explicou Melanie Maynard, dizendo que «é do fundo do coração que Marcus fala sobre as dificuldades por que as famílias passam em Inglaterra.»

O jogador tem-se empenhado em campanhas para que as crianças tenham acesso às refeições escolares nas férias e convenceu mesmo o governo a lançar um apoio alimentar.

«Todas essas lutas e sacrifícios ajudam a valorizar tudo dez vez mais, por isso não vejo isso como uma fraqueza. No desporto temos de ter algo atrás a empurrar-nos e, quando você vem de um lugar de luta e dor, muitas vezes isso torna-se no nosso impulso e motivação», contou Rashford na entrevista à BBC, recordando os primeiros tempos na academia.

«Sentia falta de jogar futebol em casa. Sim, porque quando me mudei, tive de mudar a maneira como me comportava, porque não estava tão confortável quanto em casa.»