Finalmente! Foi este o sentimento expresso pelos adeptos locais. O Marítimo goleou (4-0). Aquilo que até agora tinha sido impossível. Esta tarde, no Caldeirão, houve golos bonitos e ainda ficaram alguns por marcar. O Olhanense foi inofensivo e «engolido» pelo futebol produzido por Benachour e «companhia».

Pedro Martins tem razões para estar mais tranquilo. Os madeirenses voltam a sonhar com um regresso à Europa, numa ponta final demolidora. Os algarvios provaram que são frágeis em termos ofensivos.

Seguindo o lema de que em equipa que ganha não se mexe, Pedro Martins apresentou o mesmo onze que venceu na Figueira da Foz, por 3-0. E acertou! É que com Benachour a comandar o poder ofensivo local, Kléber, Baba e Djalma são muito perigosos pela sua mobilidade e capacidade técnica. Causaram muitos estragos à defesa algarvia.

O Olhanense surgiu na Madeira com o rótulo de pior ataque da I Liga. E mostrou por que apresenta esta fragilidade, que nem mesmo a estreia de Dady apagou. Os homens de Daúto Faquirá não conseguiram sair em contra-ataque e nunca causaram perigo para a baliza de Marcelo Boeck.

Assim, foi de forma natural que os verde-rubros, logo aos 9 minutos, acertaram no poste por intermédio de Baba, que aproveitou bem um excelente passe de Djalma. A dominar, e com Benachour a marcar o ritmo ofensivo, os maritimistas abriram o activo aos 22 minutos, por Baba. O avançado aproveitou um desvio de Robson, cabeceando para a baliza de Ricardo Batista que nada pode fazer.

Depois disso, os pupilos de Pedro Martins continuaram a dominar a contenda mas sem serem tão incisivos na baliza. No entanto, aos 42 minutos, após um bom trabalho de Kléber, que rematou rasteiro para defesa do guarda-redes algarvio, Benachour foi oportuno e, na recarga, fez o 2-0. Logo no minuto seguinte, após mais um bom passe de Baba, Kléber chegou um pouco tarde e perdeu o 3-0.

A turma do Algarve, não conseguia reagir e chegou ao intervalo sem ter posto à prova o guarda-redes do Marítimo.

No recomeço foi de novo a equipa da Madeira a estar perto do golo, após uma «bomba» de Roberto Sousa, que Ricardo Batista desviou para canto com muito aparato.

Goleada à moda antiga

Pedro Martins teve de mexer na sua equipa, pois Rafael Miranda lesionou-se. Daúto Faquirá também alterou a sua formação ao intervalo, com a entrada de Rui Duarte, tentando que o seu meio-campo se apresentasse mais ofensivo. Mas, aos 62 minutos, os locais marcaram mesmo. Benachour, em mais um lance de classe - que contou com o desvio de Carlos Fernandes, fez o 3-0.

Só dava Marítimo. Dois minutos depois, Kléber fez um grande chapéu a Ricardo Batista, mas a bola saiu ao poste. A formação do Algarve não conseguiu reagir e foi dominada por completo. O sentido do jogo só teve uma direcção, a baliza do Olhanense.

Assim, não foi de estranhar que, aos 75 minutos, após mais um contra-ataque de Kléber, em que este viu o seu remate a ser defendido, Djalma tenha feito o 4-0, numa recarga oportuna.

Até ao final a «história» não se alterou. Os madeirenses venceram e convenceram.