Um estádio em obras e sem andamento por falta de aval bancário do Governo Regional da Madeira. O «caldeirão» já não é o que era. É nos Barreiros que o Marítimo joga menos e mais dificuldades passa. Os madeirenses têm sentido enormes dificuldades para somar triunfos no seu reduto (apenas três, o último dos quais frente ao Beira-Mar, a 20 de Fevereiro). Um mês depois, os pupilos de Pedro Martins querem confirmar, frente ao Olhanense, a boa exibição conseguida na Figueira da Foz, onde a vitória lhes sorriu por 3-0.

Só que pela frente, está um conjunto que é dos que mais empata fora de portas. Os algarvios somam cinco igualdades em reduto alheio só sendo batidos pelos aveirenses que já perderam no Funchal. Por outro lado, a defesa de Olhão é das melhores na I Liga (21 golos sofridos) só sendo batida pelo F.C. Porto e Benfica nesse capítulo. E pela frente está o pior ataque caseiro: os madeirenses apenas conseguiram 8 golos nos Barreiros.

A história, por outro lado, joga totalmente a favor dos locais. Em termos de escalão máximo, os verde-rubros golearam na época passada o Olhanense por 5-2, naquele que é o único confronto entre ambos no Estádio dos Barreiros. Para além disso, os pupilos de Faquirá nunca venceram os maritimistas que este ano, quer no ano transacto, em termos de Liga e Taça da Liga. Será desta? E como vinha a calhar, pois em termos de tabela classificativa soma mais três pontos que os locais e estão na 10ª posição contra o 12º posto dos ilhéus. Um desaire pode voltar a relançar o fantasma da descida nos pupilos de Pedro Martins. Um triunfo também deita para trás o azar ao actual caldeirão.

Equipa que ganha não se mexe

O técnico do Marítimo vai seguir o lema em que «equipa que ganha não se mexe». Kléber recuperou e vai manter-se como titular na frente de ataque com Baba e Djalma. Curiosamente, foram estes três jogadores que marcaram na vitória conseguida frente à Naval e que deu um safanão numa crise anunciada.

Ao nível da convocatória, apesar de poderem actuar, Danilo Dias e João Guilherme (cumpriu um jogo de suspensão) não fazem parte das opções de Pedro Martins. O primeiro vai manter-se a actuar na equipa B maritimista, para qual também regressa Sidnei, ele que foi uma aposta de Pedro Martins desde que assumiu a liderança da formação após a saída de Van Der Gaag. O técnico dos verde-rubros vai apostar no mesmo onze que venceu na Figueira da Foz. Peçanha e Luís Olim continuam de fora por lesão.

Dady deve estrear-se como titular

Sem Fernando Alexandre e Djalmir, ambos com problemas físicos, mas com os reforços de inverno Tiero e Dady. É desta forma que a equipa de Daúto Faquirá deverá apresentar-se no jogo frente ao Marítimo.Dady já tem certificado internacional e vai ser a seta apontada à baliza de Marcelo Boeck, num encontro que também marca os regressos de Carlos Fernandes e Adilson (está emprestado pelos madeirenses) a um estádio onde não conseguiu singrar

No rol de jogadores indisponíveis para este jogo estão Maynard, Delson, Oblak e Toy. O médio Fernando Alexandre também foi convocado, depois de ter treinado de forma condicionada durante a semana.

Equipas prováveis

MARÍTIMO: Marcelo, Briguel, Robson, Roberge e Luciano Amaral, Rafael Miranda, Roberto Sousa e Benachour; Djalma, Kléber e Baba.

OLHANENSE: Ricardo Batista, Suarez, Mexer, André Micael e Carlos Fernandes; Fernando Alexandre, Nuno Piloto e Rui Duarte; Paulo Sérgio, Jorge Gonçalves e Dady.