O treinador do Marítimo, Daniel Ramos, na sala de imprensa do Estádio da Luz, após a partida com o Benfica, da jornada 25 da Liga 2017/18, que os madeirenses perderam por 5-0:

«É natural que os jogos fora de casa sejam mais complicados. O público é um fator muito importante. Quem joga em casa conhece melhor o espaço de jogo, tem melhores referências e com outros fatores há uma maior aproximação entre as equipas. Discordo da primeira parte [da pergunta], o resultado traduz essa diferença, mas em 15 minutos isso não se refletiu. Tivemos capacidade para fazer coisas boas no jogo e a diferença do resultado tem a ver como nível de eficácia do Benfica, comparando com aquelas que consegue noutros jogos.»

«Se a equipa encarar o jogo de forma mais positiva, arrisca mais, mas pode ter mais proveito. O Benfica tem marcado sempre em casa, faz quatro ou cinco golos com facilidade. Disse que íamos arriscar, jogar o jogo pelo jogo e fizemos muito bem, fomos quase brilhantes durante 15 minutos. Com três remates à baliza o Benfica estava a vencer 2-0. Isto pesa, faz com que a diferença se acentue. 4-0 era muito penalizador, disse os jogadores para fazermos uma segunda parte que dignificasse. Tivemos a primeira oportunidade e se marcássemos essa diferença que foi grande talvez fosse menor.»

[Sobre se a derrota deixa marcas na equipa]

«O resultado não, mas a perda de jogadores sim. Perco dois centrais, o Pablo e o Zainadine e ainda o Gamboa. Saímos penalizados. Perder estes jogos é natural, não gostamos, mas encarámos o jogo de forma positiva. Muitos dos remates do Benfica deram golo. Noutros jogos, esta eficácia não acontece.»

«Liga Europa? É algo que muitos querem, mas poucos conseguem. Conseguimos na época passada e se o conseguirmos esta época. Não é um objetivo prioritário para nós, não fugimos à ambição, se podermos atingir vamos querer atingir. Vamos tentar, vamos tentar somar pontos e ver o que resulta. Não vamos estar na máxima força, tinha perdido o Edgar Costa por lesão para este jogo e agora perco mais três. Isso é que preocupa. Num plantel como o do Marítimo perder quatro jogadores é muita gente.»