Vítor Costa, defesa do Marítimo, considera que a sua situação da equipa dos Barreiros, que saiu pela primeira vez da zona de despromoção direta, «não permite pensar ponto a ponto».

«Todos os jogos vão ser finais, mas vamos sempre pensar jogo a jogo com o objetivo de conquistar os três pontos, sempre respeitando o adversário, porque sabemos que o momento que atravessamos», garantiu o lateral esquerdo.

O Marítimo ascendeu pela primeira vez na presente campanha ao 16.ª lugar do campeonato, abandonando ao fim de 21 jornadas os lugares de despromoção direta, «conquista» que segundo o atleta de 28 anos já há muito era procurada pelo emblema madeirense, que aspira agora em «afastar-se cada vez mais dessas posições».

Questionado sobre o estado anímico dos jogares após 21 jornadas em zona de perigo, o defesa brasileiro não escondeu as dificuldades, mas ressalvou que tudo trás uma lição, enfatizando que não tem dúvidas que o emblema insular «vai dar a volta e ficar na I Liga».

A partida que ditou a troca de lugares aconteceu no Funchal diante do Santa Clara, emblema que chegou a estar em vantagem durante toda a primeira parte. Um autogolo de Boateng, ao minuto 62, relançou o jogo e provocou uma verdadeira explosão por parte dos leões da Madeira, que acabaram por somar três pontos ao apontar mais dois golos, fixando o resultado em 3-1.

«Foi um gás [autogolo], porque a equipa sentiu-se mais confiante, o que é normal. Foi o início da nossa reviravolta. Esta vitória foi muito importante para dar confiança à equipa. O grupo está focado e confiante e esta vitória em casa foi muito importante para a sequência do campeonato», frisou Vítor Costa, lembrando a importância da conquista dos três pontos diante dos açorianos, adversário direto que caiu para o primeiro lugar de despromoção direta.

Abordado sobre a temporada atípica que já conta com três treinadores – Vasco Seabra, João Henriques e por último José Gomes –, o jogador que atua na ala esquerda não escondeu a dificuldade e admitiu que «diferentes ideologias afetam» o trabalho.

«São três ideologias diferentes, isso também afeta, mas agora não podemos pensar no que já passou, mas sim o que ainda está pela frente, sabendo que temos um grande treinador e uma equipa que está unida e focada em dar o melhor», adiantou, frisando que «o foco tem de ficar no que está em mãos».

O Marítimo, que ocupa o 16.º lugar da classificação da Liga, com 16 pontos, visita Barcelos para defrontar o Gil Vicente, 14.º classificado, com mais 10 pontos, que venceu o FC Porto (2-1) no passado domingo.

 Apesar de reconhecer que todas as partidas terão um cariz de final para os madeirenses, Vítor Costa reconhece qualidade aos galos. «Sabemos que é um adversário difícil, com uma equipa muito qualificada, mas todos os jogos vamos procurar os três pontos, seja fora ou em casa. Vamos procurar sempre a vitória e pontuar», concluiu o defesa que realiza a segunda temporada ao serviço do emblema insular.