Pierce, nascida no Canadá, mas que competiu pela França (e também tem nacionalidade americana), venceu 18 títulos WTA em singulares e 10 em duplas, tendo vivido os últimos grandes momentos da carreira em 2005, quando atingiu as finais de Roland Garros e do Open dos Estados Unidos (foi derrotada em ambas). Chegou a ser número 3 mundial, mas uma grave lesão no joelho esquerdo em 2006 levou-a à mesa de operações e o fim da carreira chegou rapidamente (apesar de nunca o ter anunciado oficialmente).
Agora, aos 38 anos, a simpática Mary Pierce virou todas as suas atenções para outro tipo de palcos. Duas vezes divorciada, a francesa foi viver para as ilhas Maurícias, onde divide a sua vida entre o ensino do ténis e a participação ativa numa comunidade religiosa que a acolhe como família.
«Decidi deixar Deus entrar no meu coração», diz a ex-atleta à revista «L’Equipe Magazine», que enviou uma equipa de reportagem ao Índico para tentar perceber o que se passa com a campeã de Roland Garros em 2000. Mary vive em comunidade juntamente com a família do patriarcado da igreja cristã pentecostal.
Na reportagem «A segunda vida de Mary» é possível ver a ex-tenista a cantar «o amor de Jesus» na igreja, para além de ensinar Amaury, filho de 14 anos do pastor, num retrato de fé evangélica, a roçar o fanático. Um ser bem distante da eficácia com que explanava o seu ténis no final da década de 90 do século passado e nos primeiros anos do século XXI.