O treinador do Gil Vicente, Ricardo Soares, encarou com naturalidade uma possível saída de algum jogador neste mercado de transferências ou no verão. Questionado pelo avançado Samuel Lino e para uma possível saída para Espanha, nomeadamente para o Espanhol ou para o Atlético de Madrid, o técnico dos minhotos diz que tudo é resultado do trabalho que a equipa e os jogadores estão a realizar.

«Eu não sei se se vai concretizar, mas não tenho dúvidas de que o Samuel Lino é um jogador de eleição, diferenciado, que joga em qualquer clube e vai jogar e o tempo vai dar-me razão. Sei o quanto ele se esforçou para ganhar as valências que tão importantes vão ser para o passo que ele vai dar», referiu, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Benfica, da 20.ª jornada da I Liga, marcado para quarta-feira.

«Estou a contar com o Samuel Lino para o jogo de quarta-feira», referiu Ricardo Soares, em Barcelos, notando ainda que «difícil é perder o Murilo». «A mim, particularmente deixou-me triste», referiu, em alusão à grave lesão do atleta.

«Em relação a uma possível saída de algum jogador, neste caso do Samuel Lino, não tenho muito a acrescentar. A minha função é conseguir que os jogadores possam melhorar as suas capacidades e serem mais-valias para o clube. Nós podemos sempre ajudar e dar caminhos aos jogadores, no fundo é isso. O Samuel Lino, se vai sair, se não vai… o que sei é que tenho um conjunto de jogadores que melhorou muito. Tenho vindo a dizê-lo. É o preço do sucesso, os jogadores têm mostrado enormíssima qualidade e com certeza são procurados por clubes de maior dimensão, é natural. Se a direção entender que é um bom negócio, terá o meu apoio. Os clubes vivem de saúde financeira e nós, como treinadores – pelo menos eu penso dessa forma – posso dizê-lo: temos a obrigação de criar mais-valias, isso é que faz os clubes serem maiores. Quanto mais potencial conseguirmos extrair de um jogador, vamos transformá-lo num ativo, ativo fundamental para o crescimento dos clubes. A partir daqui, gosto de focar-me no que controlo», expôs ainda o técnico, que abordou também o «jogo difícil» com o Benfica, para o qual há também ambições.

«O Benfica, nos últimos jogos, em termos exibicionais, pode não estar tão forte como já esteve noutras alturas, mas não nos podemos esquecer que é o Benfica e cada jogo é diferente. É um jogo único e estamos preparados para dificuldades. Mas mais importante do que estes últimos resultados, quer do Gil, quer do Benfica, ou as exibições, é ter a capacidade de impor o nosso jogo. O Benfica irá certamente respeitar-nos, até porque sinto a minha equipa forte e queremos fazer um grande jogo», disse.