O FC Porto exerceu, na passada semana, a opção de compra sobre o passe de Casemiro. O Real Madrid tem até sexta-feira para responder formalmente e, confirmou o Maisfutebol, já manifestou a intenção de manter o médio brasileiro nos seus quadros.

Os dragões estão salvaguardados pela cláusula de recompra existente no contrato entre as partes. Ou seja, poderá assistir ao regresso de Casemiro a Madrid mas lucrará com a sua estadia em Portugal, desportiva e financeiramente.

«O contrato entre as partes prevê, porém, a possibilidade do clube espanhol recuperar o atleta, indemnizando o FC Porto», explicaram os dragões a 28 de maio.

Segundo o jornal Marca, o Real terá de pagar 7,5 milhões de euros ao FC Porto para anular a opção de compra do clube português. Esse valor rondaria os 15 milhões, mas os números não foram confirmados pelas partes.

«Ao FC Porto fica reservada a opção de compra no final da próxima temporada. Se o clube português avançar para a aquisição do passe do jogador, ao Real Madrid C. F. fica reservada uma cláusula de recompra», anunciou o Real, em julho de 2014.

O emblema portista assegurou o empréstimo de Casemiro por uma temporada a troco de cerca de dois milhões de euros. O médio assumiu-se como uma unidade influente no onze e garantiu o regresso à seleção do Brasil, aumentando a sua cotação.

Em estágio para a disputa da Copa América, o jogador admite que a temporada no FC Porto foi importante: «Acho que fiz a minha parte quando fui convocado no ano passado, dediquei-me ao máximo nos treinos e nos minutos que estive em campo. E a minha época no FC Porto também foi muito boa. Isso também ajudou.»

Na entrevista ao Folha, do Brasil, Casemiro elogia ainda Julen Lopetegui: «Por ter trabalhado com treinadores como Mourinho, Ancelotti e o próprio Lopetegui, que é muito bom, cresci e evoluí na Europa, tanto na parte tática como nos fundamentos do jogo.»

Voltemos ao futuro. Confrontado com a decisão do FC Porto – anunciada publicamente, o que causou algum incómodo ao Real Madrid -, o clube merengue decidiu reagir e segurar o jogador, sabendo que há outros interessados no seu concurso.

A posição espanhola será formalizada nos próximos dias. Em cima da mesa está a possibilidade de inclusão de outro jogador (Lucas Silva, que detém o estatuto de extracomunitário, terá de rodar) no negócio para baixar valores.

O Real Madrid está limitado a três extracomunitários e Casemiro deverá juntar-se a Danilo, outro jogador oriundo do Dragão, e James Rodriguez. Lucas Silva é o preterido e Chicharito Hernández não fica no clube.

Certo é que o FC Porto garantiu uma posição interessante para este mercado, tal como aconteceu no processo Cristian Tello. O extremo chegou à Invicta para um empréstimo de duas épocas e o Barcelona teria de pagar 5 milhões de euros neste verão para o reaver.

Foi essa a estratégia determinada pelo clube portista para enveredar pela política de empréstimos: ter direitos garantidos no final da temporada. A exceção foi Óliver Torres, já que o Atlético Madrid não abriu mão de uma cedência sem opção de compra.

O outro caso é José Campaña. Não há dados oficiais sobre a existência de uma cláusula de opção e, nesta altura, é pouco relevante: o médio espanhol sentiu dificuldades de afirmação, tendo via aberta para regressar à Sampdória.