O Ministério Público (MP) pediu nesta sexta-feira quatro anos e seis meses de prisão para o antigo presidente do Benfica João Vale e Azevedo no âmbito do caso Euroárea, cujas alegações finais decorrem na 8ª vara do Tribunal da Boa Hora.
O delegado do MP, Antas Almeida, considerou que ficou provado que Vale e Azevedo cometeu um crime de peculato (apropriação indevida de dinheiro do clube) e três crimes de falsificação de documentos.
O crime de peculato pode levar a uma pena de um a oito anos de prisão, tendo o MP pedido três anos e seis meses, enquanto o crime de falsificação de documentos é penalizado entre um a cinco anos de prisão. A acusação considerou justa a aplicação da pena mínima, isto é, um ano para cada um dos três crimes.
O MP entendeu que não ficou provado neste processo que Vale e Azevedo tenha cometido três crimes de branqueamento de capitais de que inicialmente estava acusado. No que respeita a António Leitão, antigo director financeiro do Benfica na gestão de Vale e Azevedo e o outro arguido do processo, o MP considerou não ter sido provada a acusação de três crimes de falsificação de documentos, tendo sido pedida a sua ilibação neste processo.
O caso Euroárea está relacionado com a venda ilícita de terrenos da urbanização sul do Benfica, que alegadamente permitiram a Vale e Azevedo apropriar-se de cinco milhões de euros.