Um médico espanhol denunciou ao Tribunal Arbitral de Desporto (TAS) um programa de doping na equipa espanhola de ciclismo de pista entre os anos de 1993 e 1998, período em que decorreram os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

Segundo o El País, o médico Luís Garcia del Moral, irradiado pela agência antidopagem norte-americana (USADA) pela ligação ao esquema de doping da US Postal (equipa de Armstrong), confirmou ter fornecido várias substâncias proibidas, como eritropoietina, hormonas de crescimento e corticoides aos corredores de pista, em colaboração com Michele Ferrari, médico de Armstrong.

A Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC) confirmou que nenhum membro «da atual direção os dos membros da direção desportiva, técnica ou clínica, tenha relação com os atos relatados.»

«Eu era o responsável pela equipa nacional de ciclismo de pista, mas não pelos controlos médicos», disse o médico Garcia del Moral sobre o período entre 1993 e 1998, confirmando o escândalo de doping.

Os seis ciclistas espanhóis que participaram nas provas de pistas não conquistaram qualquer medalha nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996. Garcia del Moral confirmou ainda colaborar com Ferrari através de um documento datado de 15 de julho de 1996, com despesas em supostos produtos de farmácia e um pagamento a Ferrari.

Garcia del Moral esteve ligado à US Postal durante cinco anos, período em que Armstrong venceu a Volta a França, título entretanto retirado.