Olivier Baragnon é o novo selecionador nacional de râguebi. Apresentado na sede da Federação Portuguesa de Râguebi esta sexta-feira, o treinador de 45 anos mostrou-se focado em «promover a evolução do râguebi nacional» e explicou que o seu principal papel será assegurar «o trabalho no terreno com os jogadores».

Em conferência de imprensa, o técnico francês demonstrou estar comprometido a 100 por cento. «Virei a Portugal sempre que necessário, mas principalmente quando os jogadores estiverem disponíveis», disse, citado pela Lusa.

O gaulês deixou ainda claro que o seu objetivo é «unir e desenvolver o râguebi nacional». «O râguebi é um desporto coletivo, não um desporto de divisão, eu não vim para dividir, mas sim para unir e desenvolver o râguebi nacional. Está uma equipa técnica definida, uma organização que num primeiro momento quer promover a evolução do râguebi nacional, bem como de todos os atletas», explicou.


Baragnon é diretor de um Centro de Alto Rendimento em Toulose e já comandou os sub-18 franceses, tendo sido campeão e vice-campeão da Europa. Trará consigo para Portugal um treinador de avançados, quer implementar um novo estilo de jogo e demonstrou estar familiarizado com os jogadores ao seu dispor.


«É muito importante que os jogadores se convençam que é uma honra representar a seleção e não uma situação banal», afirmou, explicando que fará os possíveis para os jogadores aderirem à seleção nacional.


O presidente da Federação Portuguesa de Râguebi, Carlos Amado da Silva, considerou esta contratação importante, devido à figura de Olivier Baragnon e ao que este pode trazer à modalidade.


«Pensámos no perfil de um treinador que se adequasse às nossas necessidades e tendo em conta a realidade do râguebi nacional. Em França, onde temos muitos jogadores, há dificuldades em que venham jogar à seleção nacional. Importa haver alguém mais próximo dos clubes e dos jogadores», explicou. Elogiou ainda o técnico, afirmando que este tem todas e mais algumas condições para realizar um bom trabalho em Portugal.


O francês chega à seleção a quatro meses das eleições para a presidência da federação. Carlos Amado da Silva desvaloriza a escolha de um selecionador nesta altura, visto que «qualquer funcionário tem cláusulas de salvaguarda no contrato, como sempre houve, para que não haja condicionalismos» caso o atual presidente não vença as eleições.