A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) anunciou, nesta quinta-feira, que as atletas femininas de meio-fundo com uma produção de testosterona endógena em demasia terão de reduzir os níveis ou competir nas provas masculinas.

Na nova regra imposta pela IAAF, «as atletas disfuncionais no seu desenvolvimento sexual» serão obrigadas a reduzir para 5 nanomoles por litro de sangue num período até seis meses antes das competições.

Até à data, este limite estava fixado nos dez nanomoles por litro, mas de acordo com um estudo realizado pela Associação, estes valores permitiam aumentar a massa muscular em 4,4 por cento e a força entre 12 e 26 por cento.

«Esta revisão das regras não está relacionada com o combate a qualquer infração, dado que nenhuma atleta com essa disfunção tirou daí proveito, mas irá permitir uma maior igualdade competição», disse Sebastian Coe, presidente da IAAF.

O caso mais recente foi a sul-africana Caster Semenya, que dominou os 800 metros nos Mundiais de 2009 e apresentava os níveis de testosterona semelhantes aos de um homem.

A regra vai aplicar-se às provas a partir de 1 de novembro deste ano em corridas entre os 400 e 1500 metros.

As atletas que não reduzirem os valores para os novos limites delineados pela IAAF terão de competir como mulheres em outras distâncias que não as delimitadas, ou como homens.