Milhares de pessoas encheram as ruas de Louisville, no Kentucky, para um último adeus à lenda Muhammad Ali que faleceu há uma semana aos 74 anos. Uma cerimónia emocionante que começou bem cedo e que se tem prolongado ao longo do dia, com toda a cidade, onde nasceu o famoso pugilista, a participar nas cerimónias fúnebres, até ao cemitério que ficou reservado para uma cerimónia mais privada para os amigos e familiares.

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O cortejo começou com uma hora de atraso, pelas 10h35 locais (14h35 de Lisboa) e passou por alguns locais simbólicos, como a casa onde Ali passou a infância, o Ali Center, o Centro do Património afro-Americano e a avenida Muhammad Ali, sempre com milhares de pessoas, na berma da estrada, a tirar fotos, a atirar flores, a gritar pelo nome do antigo peso-pesado e a entoar canções relativas à vida do boxista que também se destacou na luta pelos direitos humanos.

Numa parte do percurso um grupo de jovens correu ao lado do carro funerário, transportando um cartaz onde se lia «Ali é o maior, obrigado por todas as memórias». Na parte final do cortejo, o caixão foi transportado por algumas celebridades próximas de Ali, como o ator Will Smith e os antigos pugilistas Mike Tyson e Lennox Lewis.

Nesta altura decorrer um serviço memorial no centro de desportos da cidade onde várias figuras públicas, entre as quais Bill Clinton, fazem elogios a Muhammad Ali. O presidente dos Estados Unidos Barack Obama não vai estar presente, uma vez que, a esta hora, está a assistir à cerimónia de formatura da sua filha mais velha, Malia, mas enviou uma vídeo-mensagem: «Esta semana perdemos um símbolo. Uma pessoa que permitiu aos afro-americanos libertarem as suas mentes e assumir que podiam estar orgulhosas por serem quem são», pode-se ouvir num exerto da mensagem de Obama.