A Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG) considera que a partilha de jurisdição territorial com a PSP pode criar problemas e defende que a segurança da Volta a Portugal de Bicicleta deve ser exclusivamente da responsabilidade da GNR.

«A Volta a Portugal tem gerado algumas fricções depois de, desde há dois anos, a segurança da prova ser da responsabilidade da PSP caso comece dentro das localidades. É a PSP que faz toda a prova e nós contestamos isto», revelou o presidente da ASPIG, José Alho, em declarações à agência Lusa.

O dirigente explicou que a GNR forma um destacamento eventual que percorre o país durante 15 dias e faz o reconhecimento de todo o itinerário, que ocupa 94% do território continental.

«Existe uma preparação antecipada com os comandantes territoriais, um trabalho imenso antes de se iniciar a prova e depois são duas entidades, numa dualidade de forças de segurança, que fazem a volta», acrescentou.

Segundo José Alho, «durante décadas, um destacamento eventual de militares da Brigada de Trânsito da GNR foi encarregado de assegurar a segurança da Volta a Portugal em Bicicleta, tendo-o feito com eficácia e eficiência reconhecidas por todos os quadrantes da sociedade portuguesa».

A associação defende que na lei orgânica da GNR, que está em discussão, sejam reativadas as brigadas territoriais, fiscal e de trânsito.