A Associação de Tenistas Profissionais (ATP) garante que não ignorou suspeitas de alegados jogos combinados, uma informação divulgada pela BBC que envolve tenistas do «top 50». Novak Djkovic, o número 1 do mundo, também rejeitou as acusações, mas confirmou que ele próprio foi abordado em 2006 para entregar um jogo, a troco de 200 mil dólares.

«Não fui abordado diretamente. Fui abordado através de pessoas que trabalhavam comigo na altura. Claro que recusámos imediatamente», disse o sérvio nesta segunda-feira, depois de ter passado a primeira ronda do Open da Austrália, depois de rejeitar a ideia de suspeitas generalizadas sobre o ténis. «Não acho que haja uma sombre sobre o nosso desporto. Não há ainda provas reais sobre qualquer jogador no ativo. Enquanto for assim, é apenas especulação.»

Chris Kermode, presidente do ATP, reagiu também em Melbourne, numa declaração: «A Unidade de Integridade do Ténis (TIU) e as principais associações de ténis, incluindo a ATP, rejeitam que quaisquer provas de jogos combinados tenham sido ignoradas ou que não tenham sido devidamente investigadas.»

Os dados a que a BBC e o site BuzzFeed tiveram acesso dizem respeito a uma investigação iniciada pelo ATP, em 2007, que recomendava investigação a vários tenistas por resultados combinados.

As autoridades do ténis introduziram um novo código anticorrupção em 2009 e um porta-voz dessa Unidade de Integridade disse à BBC que a organização procurou pareceres legais e foi informada de que não podia atuar sobre casos passados.