A penúltima jornada dos Mundiais testemunhou ainda a melhoria do recorde do mundo do decatlo, com o norte-americano Ashton Eaton a acrescentar seis pontos ao seu próprio máximo.
O já campeão do mundo e campeão olímpico em Londres chegou aos 9.045 pontos, mais seis do que fizera há três anos em Eugene, no Oregon.
A terminar uma magnífica sequência de 10 provas, lançou o dardo a 63,63 metros e correu depois os 1.500 metros em 4.17,52 minutos, já claramente consciente de que estava em cima do do recorde do Mundo.
As restantes marcas de Eaton foram 10,23 segundos nos 100 metros, 7,88 metros no comprimento, 14,52 metros no peso, 2,01 metros na altura, 45,00 segundos nos 400 metros (recorde do mundo no decatlo), 13,69 segundos nos 110 metros barreiras, 43,34 metros no disco e 5,20 metros na vara. O canadiano Damian Warner conquistou a prata e o alemão Rico Freimuth ficou com o bronze.
Depois das vitórias nos 100 e 200 metros, Bolt conseguiu a 11ª medalha de ouro em Mundiais, num percurso quase perfeito nas quatro últimas edições, só manchado pela desclassificação dos 100 metros em 2011, por falsa partida. A estafeta da Jamaica, com Nesta Caster, Asafa Powell, Nickel Ashmeade e Bolt, ganhou com 37,36 segundos, à frente da China e do Canadá, depois de os norte-americanos, segundos a cortar a meta, com 37,77, terem sido desqualificados devido a uma deficiente passagem de testemunho, entre Tyson Gay e Michael Rogers.
Na galeria dos mais notáveis do atletismo está também Moh Farah, que desde 2011, em Mundiais e Jogos Olímpicos, consegue vitórias em 10 mil metros e 5 mil. Nunca ninguém antes tinha conseguido vencer tanto, nas distâncias de meio-fundo em pista, como o britânico de origem somali, de 32 anos.
Neste sábado, Farah controlou a corrida, lenta, do princípio ao fim, para terminar em 13.50,38 minutos, à frente do queniano Caleb Ndiku e do etíope Hagos Gebrhiwet.