Era o tudo ou nada para ambas as equipas e a pressão do resultado fez-se sentir num jogo que chegou a estar escaldante e onde o resultado era uma incógnita completa. Foi um encontro de muita luta em que o Sp. Braga terminou com menos um jogador, mas sem perder terreno em relação ao Paços de Ferreira na luta pelo terceiro lugar. Para o Moreirense, as contas da manutenção complicam-se bastante.

O Sp. Brag entrou melhor no jogo. Com uma equipa sólida, com Mossoró como patrão do meio-campo, foi aproveitando as perdas de bola e os espaços deixados pelo adversário, para criar perigo. E cedo chegaram ao golo os arsenalistas.

Aos 10 minutos, após um passe de Rúben Micael, Carlão subiu pelo corredor esquerdo, aproveitou que Ricardo Ribeiro estava adiantado e fez a bola passar por cima do guarda-redes do Moreirense. Estava feito o primeiro golo da noite e os visitantes faziam tremer uma equipa da casa que precisava de pontos como de pão para a boca.

No Moreirense, Ghilas andava sozinho pela frente, faltava apoio no ataque e foram muitos os lances que se perderam numa defesa bracarense que se organizou bem e um guarda-redes (Quim) que estava muito seguro.

Ainda antes do intervalo, após a marcação de um livre do lado esquerdo, a bola sobrou para Pintassilgo que remata contra o corpo de Douglão. A bola bateu no braço do defesa do Sp. Braga, mas o árbitro considerou que não foi intencional e não assinalou a grande penalidade que o Moreirense pedia.

E foi mesmo aos 45 minutos, antes de o árbitro apitar para intervalo que Aderllan Santos, de cabeça, desviou a bola após um livre marcado por Rúben Micael e fez o 2-0.

Companhia para Ghilas

Ao intervalo, Augusto Inácio mexeu na equipa. Tirou Wagner e fez entrar Pablo Olivera para jogar na frente com Ghilas. Não tardou a notar-se a diferença. O Moreirense subia mais no terreno, atacava com mais homens, e, aos 50 minutos, reduziu a diferença.

Após uma falta sobre Ghilas já muito perto da área do Sp. Braga, Fábio Espinho foi converter o livre e fê-lo na perfeição. Bateu direto e Quim não tinha hipótese nenhuma de defender.

Estava relançado o jogo e, logo a seguir, Ghilas fez o empate. Aos 56 minuto, Paulinho, a meio campo, faz um passe longo para Ghilas, que estava na área, de costas para a baliza e fez o remate de pontapé de bicicleta. Um golaço do avançado do Moreirense.

Ânimos exaltados até ao final

O jogo aqueceu depois. As bancadas estavam ao rubro e no relvado os ânimos não estavam muito mais calmos. Logo de seguida, num lance a meio campo, Rúben Micael, que já tinha um cartão amarelo, e Ghilas, pegaram-se. Houve empurrões de parte a parte e amarelo para os dois. A atitude irrefletida reduziu o Sp. Braga a 10 jogadores e sentenciou os arsenalistas a sofrer até ao fim.

O Moreirense, com a confiança de ter conseguido marcar dois golos e de estar em superioridade numérica, ia pressionando, perante um Sp. Braga que se mostrava abatido e fragilizado. Pablo Olivera esteve a centímetros do terceiro, mas seriam os arsenalistas a chegar ao golo. Zé Luís entrou e 30 segundos depois, na sequência de um lançamento lateral, fez um toque e um remate em jeito que colocou novamente o Sp. Braga em vantagem e fez o resultado final.