Augusto Inácio perspetiva um «jogo de luta e de entrega» na deslocação desta sexta-feira ao Estádio D. Afonso Henriques para o jogo de abertura da 23ª jornada da Liga. A ambição do técnico é conquistar os três pontos, independentemente da maior carga emocional que o jogo possa ter. «Quero é os três pontos, seja um jogo especial ou não», referiu.

«Será um jogo entre equipas que têm objetivos completamente diferentes, uma equipa que luta pelos lugares europeus, outra que luta para não descer de divisão. São rivais, vizinhos, já não ganham há algum tempo, por isso vai ser um jogo difícil para ambos, o Vitória joga em casa com o apoio que já se sabe da sua massa adepta. Num dérbi regional destes nunca se sabe o que pode acontecer», começou por dizer o técnico em Moreira de Cónegos.

Apesar de admitir que o adversário «tem uma boa equipa», o treinador não acredita em facilitismo, até pela série negativa que o conjunto de Pedro Martins atravessa: «Não estou a ver o Vitória a olhar para o Moreirense e pensar que as coisas vão ser fáceis», disse, acrescentando ainda que as vitórias são o maior fator de moralização no futebol, pelo que urge ao Moreirense voltar a vencer.

Sobre o caráter especial do encontro, Inácio ressalvou a convivência entre os dois emblemas da Cidade Berço. «Recebi muitas mensagens de gente do Vitória que ficou contente pela nossa conquista da Taça da Liga. É um bom exemplo para todos que a vizinhança se possa dar bem. Inclusive fomos recebidos na Câmara Municipal de Guimarães, isto é que é futebol, fiquei emocionado, mas depois no campo somos adversários, nunca inimigos», ressalvou.

Deste tipo de embates, sendo que Inácio já esteve também do outro lado da barricada, como técnico do V. Guimarães, Inácio destaca um jogo: «Recordo um jogo aqui em Moreira, eu estava no Vitória e o Vitória não estava a passar um bom momento. O Vitória ganhou aqui, salvo erro, 4-1 ou o que é foi, e cada golo que o Vitória marcava os jogadores vinham-me abraçar, sentindo que, se calhar, alguma coisa estava para acontecer, não sei. Estavam a dizer ao presidente, ou à direção, que estavam com o treinador», relembrou.