Miguel Leal, treinador do Moreirense, na sala de imprensa do Estádio do Restelo após a derrota por 2-0 com o Belenenses:

«Foi um jogo fraquinho, fraquinho, muito fraquinho. Especialmente do ponto de vista coletivo e da estratégia que tínhamos planeado. Na primeira parte parecíamos uns anjinhos que vínhamos a Belém. Até aos 20 minutos estávamos por cima. Sem criar perigo, mas estávamos a tentar dominar o jogo. Depois começaram as lesões e isso contribuiu para que nos minutos finais tivéssemos algum desnorte e o Belenenses aproveitou e fez dois golos.

Por cima, ainda foi a expulsão. O jogador é bem expulso, mas aconteceram outros lances idênticos no jogos e as decisões não foram as mesmas.

Jogámos melhor com dez do que com onze, temos de o dizer. Fizemos um golo... se calhar o jogo seria diferente. [Sobre o lance em questão, na segunda parte do encontro, quando a bola parece rolar em cima da linha de golo]. Pareceu-me que a bola entrou. E o feedback que eu tenho é que a bola entrou. Os meus jogadores disseram que sim. Se o golo nos recolocava na luta pelo jogo? Pelo menos, podia dar-nos mais esperança e intranquilizar o adversário.

Há jogos em que as coisas não correm bem. E hoje foi um desses jogos. Este jogo resume-se a cinco minutos fenomenais do Belenenses e nós temos de refletir.

É fácil manter os jogadores motivados para o que resta do campeonato quando o Moreirense já atingiu o objetivo da manutenção?
Continuo a dizer que o Moreirense tem muito para ganhar, especialmente os jogadores. Se querem fazer um final de campeonato horrível, eles é que saem prejudicados nesse processo. Temos de pensar no que temos para conseguir ainda e isso passa por conseguirmos a melhor classificação do Moreirense até hoje. Para isso precisamos de ganhar. Se os jogadores não se motivarem, é óbvio que a última imagem vai ser penalizadora e as portas podem fechar-se.»