Ricardo Sá Pinto, treinador do Moreirense, em conferência de imprensa, depois da derrota diante do Estoril (0-1), no Estádio António Coimbra da Mota, em jogo da 33.ª jornada da Liga:

[Com uma grande penalidade desperdiçada nos descontos, como viu este jogo?]

- Sinto injustiça, sinceramente. Quando nos desconcentramos aqui e acolá somos logo penalizados. Foi o que aconteceu já me vários jogos, foi o que aconteceu no último, frente ao Boavista, agora outra vez. Ainda não tive a oportunidade de ver o golo deles, ainda vou analisar, mas foi uma grande injustiça.

- O empate já era penalizador para o que realizámos durante o jogo. Quando uma equipa está numa fase destas tudo acontece. Não foi pelo comportamento deles [jogadores], fizeram tudo. Defrontámos uma boa equipa, que jogou o jogo pelo jogo. Viu-se claramente que eles [Estoril] se estavam a divertir em campo. Nós lutamos contra isso, à procura do nosso golo que nos pudesse valer a vitória, mas não conseguimos. Fomos melhores na primeira parte, tentámos aumentar o ritmo na segunda, mas é uma coisa inexplicável. Achamos que é uma injustiça. Mas é o que é, o futebol é assim.

[Como está o balneário? O que disse aos jogadores?]

- Não é altura ideal para falarmos de grandes coisas, está tudo muito triste. O balneário está pesado, toda a gente está incrédulo com o que aconteceu. Com o empate podíamos possivelmente ficar a depender de nós, mas nem isso conseguimos. Nesta altura é deixá-los descansar, deixar esfriar as cabeças e preparar o último jogo [com o Vizela]. O último jogo que ainda nos pode salvar e nos pode permitir discutir o play-off da permanência.

[Adeptos do Estoril chegaram a gritar pelo nome do Moreirense, como viu essa atitude?]

- Eles têm uma relação há muitos anos pelo que percebi. É uma relação saudável dentro e fora dos campos. É uma partilha e respeito que existe entre as duas claques.