As mortes súbitas não são recentes, mas tornaram-se mais frequentes nos últimos anos. Desde 2004, aliás, são vários os casos de atletas que faleceram na sequência de ataques sofridos em campo ou em treino.

Piermario Morosini, do Livorno, foi a última vítima de uma lista que inclui também o húngaro Miklos Fehér, falecido com a camisola do Benfica num jogo em Guimarães. Foi a 25 de Janeiro de 2004 que o avançado encarnado faleceu no hospital de Guimarães, na sequência de uma arritmia cardíaca.

Antes de Fehér já o Mundo tinha ficado chocado perante as imagens do falecimento de Marc-Vivian Foé (2003). O caramonês morreu vítima de um aneurisma durante um jogo das meias-finais da Taça das Confederações, com a Colômbia. Caiu inanimado aos 72 minutos e faleceu pouco depois nos balneários.

Em Espanha houve dois casos de enorme impacto. Em Agosto de 2009, Dani Jarque, capitão do Espanhol, faleceu durante o estágio de pré-época, na sequência de um ataque sofrido quando falava ao telefone com a namorada. Dois anos antes tinha sido Antonio Puerta, jogador do Sevilha, a sucumbir depois de perder os sentidos em campo.

Outro caso mediático foi Serginho, central do S. Caetano (2004). Vítima de uma paragem cardiorrespiratória, caiu inanimado no relvado aos 13 minutos da segunda parte e acabou por falecer no hospital do S. Paulo.

Pouco depois de Serginho o Brasil voltou a chorar a morte de Cristiano, que jogava na Índia e faleceu devido a um ataque cardíaco após marcar dois golos.

Em 2007, Phil O¿Donnel, jogador do Motherwell, desmaiou durante o jogo com o Dundee United. O jogador foi assistido em campo e transportado para o hospital, mas viria a falecer devido a uma falha cardíaca.

Guido Cantero, de apenas 19 anos, morreu em março de 2010, durante um treino da sua equipa, General Caballero, da segunda divisão paraguaia.

O internacional nigeriano, Bobsam Elejiko, morreu durante uma partida entre o Merksem e o Antuérpia, da Liga belga, em 2011. Foram realizadas manobras de reanimação em campo, mas o central acabaria por ser dado como morto ainda no estádio.

Também Portugal tem sido sobressaltado com várias mortes nos últimos anos. Depois de Féher, Bruno Baião, júnior do Benfica, faleceu após quatro dias de coma que se seguiram a uma paragem cardiorrespiratória quando se encontrava no café dos pais.

Em 2005 foi a vez de Hugo Cunha, jogador da U. Leiria, falecer subitamente enquanto jogava futebol com os amigos, também devido a uma paragem cardiorrespiratória.

Em Maio de 2008, o ciclista Bruno Neves morreu durante uma prova. A autópsia concluiu que sofreu uma paragem cardíaca antes da queda. Também em 2008, a atleta polaca Kamila Skolimowska, antiga campeã olímpica do martelo, morreu durante um estágio no Algarve.

Em Portugal, houve ainda casos de morte súbita no basquetebol. Em 2009, Kevin Widemondo, da Ovarense, entrou em paragem cardíaca durante o intervalo do jogo com a Académica e acabaria por falecer. Em 2002, Paulo Pinto, jogador do Aveiro Basket, morreu devido a ataque cardíaco durante um jogo com o Benfica. A época 1997/98 registou duas mortes na modalidade, as de Angel Almeida e Rui Guimarães, ambos da Portugal Telecom. Também no ciclismo, em 1997, há a registar a morte de Manuel Abreu, durante um treino.

O primeiro caso conhecido em Portugal de morte súbita é um dos que ainda mais são recordados. Pavão, jogador do F.C. Porto, faleceu em 1973 na sequência de uma paragem cardiorrespiratória aos 13 minutos de um jogo com o V. Setúbal.

Em 1987 faleceu Navalho, futebolista do Atlético, de apenas 20 anos, que sofreu um enfarte agudo do miocárdio nos minutos iniciais de um jogo-treino. Em 1998, por fim, o basquetebolista angolano José Guimarães, de 22 anos, da Portugal Telecom, sofreu um problema cardíaco durante um treino.