José Mourinho voltou ao ataque. Na conferência de imprensa desta terça-feira, em que se analisou o jogo de amanhã com o Barcelona na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, o treinador português falou na entrada numa nova era.

«Mais importante do que a escolha do árbitro ou a pressão que foi feita para que não fosse Pedro Proença é que se começou um novo ciclo. Até agora havia um grupo de treinadores, muito pequeno, que não falava de arbitragens. E um outro, no qual eu me incluo, que critica quando há erros. Com as declarações de Guardiola entramos numa nova era, num grupo do qual apenas ele faz parte: o que critica as decisões acertadas de um árbitro. Nunca tinha visto. Ele estava habituado ao de Stamford Brigde [Tom Ovebro, Noruega] e agora não está contente com as decisões certas dos juízes», atirou o técnico do Real Madrid.

«El Especial» já esqueceu a conquista da Taça do Rei: «Estamos como estávamos antes da final. São competições independentes. Cada competição tem a sua história. A equipa está tranquila. É uma meia-final da Champions e temos de a jogar sem sermos influenciados pelo que se passou antes. Não há favoritos.»

Questionado se o Barça é a melhor equipa da história, Mou foi reticente. «Não sei se é a melhor. É uma grande equipa mas não sei se é a melhor», concluiu.

Mourinho lamentou ainda não contar com Ricardo Carvalho, o «melhor central do Mundo», e terminou a conferência com uma alusão a Albert Einstein.

«O senhor Albert Einstein disse uma vez que há uma força maior que o vapor e a energia atómica: a vontade. Essa, nós temos», concluiu.

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