«É pesadinho, é bonito, mas o mais importante é o significado». Foi desta forma que José Mourinho descreveu o prémio de Melhor Treinador do Mundo em 2010, que alcançou esta segunda-feira em Zurique.

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«Este é o primeiro prémio deste género na história da FIFA e por isso ainda mais é marcante. Mas as emoções vão passar, amanhã há treino, quinta há jogo. Não olho para trás, quem me conhece sabe que só penso no futuro, mas tenho um orgulho muito grande e vou, agora, poder chegar a casa e estar com a minha mulher e os meus filhos para desfrutar do prémio», afirmou o treinador do Real Madrid, no final da cerimónia.

O técnico justificou ainda a escolha pela língua portuguesa na hora de agradecer o troféu, um facto que, garante, foi premeditado. «Já tinha pensado que se me tocasse a mim falaria em português. Quando vi que era o Pedro Pinto a apresentar fiquei mais seguro, porque se fosse necessário faria a tradução», explicou.

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De resto, Mourinho não escondeu o seu orgulho e espera que a emoção tenha sido partilhada com toda a nação lusa. «Os portugueses não têm tantas alegrias assim e de certeza que este prémio faz bem ao ego do português. Depois de Eusébio, Figo, Cristiano Ronaldo, tocou-me a mim. Já somos quatro «Bolas de Ouro». Num país como o nosso é motivo de satisfação para todos. Se não for para alguém é para algum invejoso», resumiu.

Sentado ao lado de Guardiola durante toda a cerimónia, Mourinho contou uma confidência do técnico do Barcelona. «Mais importante que o prémio, é ouvir palavras como as do Sneijder», afirmou, até porque já tinha lembrado que dá mais valor a «títulos colectivos do que individuais».