A UEFA vai testar já este mês uma inovação nos desempates por grandes penalidades. Ao invés do modelo atual, em que um jogador de cada equipa é chamado a bater de forma alternada, o desempate será feito através do chamado sistema ABBA.

Ou seja, se uma equipa bate o primeiro, o terceiro, o quinto, o sétimo e o nono remate de uma série de cinco penáltis, a partir daqui vai passar a ser trocada esta ordem. Isto significa que a equipa adversária terá duas tentativas consecutivas entre o fim da primeira série e o início da segunda. O esquema vai alternando sucessivamente até existir um vencedor.

O sistema alternativo funciona da seguinte forma:

1º remate: Equipa A - 2º remate: Equipa B

3º remate: Equipa B - 4º remate: Equipa A

5º remate: Equipa A - 6º remate: Equipa B

7º remate: Equipa B - 8º remate: Equipa A

9º remate: Equipa A - 10º remate: Equipa B

No caso do empate persistir:

11º remate: Equipa B - 12º remate: Equipa A

Se continuar a igualdade:

13º remate: Equipa A - 14º remate: Equipa B

E por aí fora...

A UEFA entende que sistema atual «atribui uma vantagem injusta» à equipa que faz o primeiro remate em cada série de penáltis «A hipótese é que o jogador que faz o segundo pontapé está sob maior pressão mental. Se a penalidade da primeira equipa tiver sido bem-sucedida, uma cobrança errada na equipa oposta poderia significar a perda imediata do jogo, especialmente a partir do quarto par de penalidades», observa a UEFA.

Tal como acontece na atualidade, o árbitro lança uma moeda ao ar para decidir em que parte do campo se disputa o desempate. A partir de agora, com um segundo lançamento, os vencedores desse sorteio passarão a escolher se batem o primeiro ou o segundo pontapé.

Entretanto, o International Board já concedeu autorização para a alteração na ordem de marcações dos penáltis, ao estilo do «tie break» no ténis.

A primeira experiência decorre no Europeu sub-17, que começou ontem em solo croata. Seguem-se o Europeu feminino de 2017 (Holanda) e os Europeus masculinos de sub-19 (Geórgia), sub-17 (Croácia) e sub-21 (Polónia), antes de ser alargada a todas as competições do organismo.