O sexo da sul-africana Caster Semenya, que conquistou a medalha de ouro nesta quarta-feira, nos 800 metros, está a ser investigado pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), sobretudo depois da sua participação no mês passado nos campeonatos africanos sub-18.
A jovem atleta registou, então, a melhor marca do ano, com 1.56,72 minutos, quase quatro segundos mais rápida que no seu anterior registo. Em Berlim esteve perto de bater o recorde do mundo, mas ficou pela melhor marca mundial de 2009, ao concluir a prova em 1.55,45 minutos.
De acordo com o porta-voz da IAAF, Nick Davies, apesar da investigação em curso, Caster Semenya não pode ser impedida de competir por não haver ainda «provas conclusivas».
«É uma questão do foro clínico, não se trata de fazer batota ou não. Além disso, temos de ter alguma sensibilidade, pois trata-se de um ser humano que nasceu mulher, cresceu sendo mulher e agora vê a sua identidade sexual questionada», explicou o responsável.
A IAAF, através de Nick Davies, garantiu, também, que o assunto «está a ser tratado com a máxima seriedade» e que «estará concluído dentro de algumas semanas».