Se longe dos estádios a segurança sul-africana deixa muito a desejar, a realidade dentro dos recintos também não é ideal, embora a um nível diferente. O jogo de abertura deixou sinais claros que a segurança é uma questão a precisar de muitos acertos, por parte do Comité Organizador e da FIFA.

Para chegar ao parque automóvel atribuído foi preciso passar por cinco postos de controlo, talvez, mas só no derradeiro é que foi realmente exigido o dístico que garantia o acesso ao estacionamento. Seguiu-se a entrada no estádio Soccer City. Enquanto os jornalistas passavam pelo detector de metais, o equipamento seguia numa passadeira, para procurar eventuais objectos proibidos. O critério era largo. A alguns jornalistas era pedido que abrissem a mala e até se torcia o nariz a frutas, mas outros conseguiam passar o controlo sem que a mala passasse, sequer, pela passadeira. Mas na verdade, em termos práticos, este controlo nem era obrigatório. Bastava dar uma volta ao estádio para conseguir entrar no Media Center sem mostrar qualquer acreditação.

Já dentro do estágio surge o sinal mais claro de que a segurança não é a ideal. Dentro do recinto era vendida cerveja em garrafas de vidro (veja as fotos). Quando o México chegou ao empate houve mesmo garrafas que «voaram» do piso superior para o piso inferior, de acordo com o relato da Agência Lusa. Várias situações a rever, no futuro, mas que deixam claro que há muito a corrigir.