O relvado do estádio do Maracanã, recinto do Rio de Janeiro onde se realizará a final do Mundial-2014, a 13 de julho deste ano, tem «mãos portuguesas», já que contou com a tecnologia e o «know how» da empresária Ana Caldeira Cabral.

A presidente executiva da Vasverde, empresa portuguesa que opera na produção de tapetes de relva, foi escolhida pela «joint-venture» entre a espanhola RoyalVerd e a brasileira Greenleaf para prestar consultoria em alguns dos estádios onde vão ser disputados os jogos do campeonato mundial de futebol que se realiza no Brasil.

Em declarações à agência Lusa, Ana Caldeira Cabral disse que foi contratada para «prestar consultoria» na área de tapetes de relva, o que inclui a produção e a monitorização da qualidade dos mesmos.

Atualmente, a relva do estádio do Maracanã, no Estado do Rio de Janeiro, resulta da «tecnologia de produção Vasverde» e o tapete foi colocado pela Royal Verd.

O Maracanã será palco da final do mundial de futebol, pelo que Ana Caldeira Cabral classificou de «emocionante» este projeto.

Além deste estádio, adiantou a empresária, os estádios do Recife e Brasília também estão equipados com relva produzida segundo a tecnologia da empresa portuguesa.

Além de acompanhar a produção destes relvados, Ana Caldeira Cabral é responsável por «garantir as perfeitas condições» dos mesmos.

Para a empresária, este foi um trabalho interessante, mas «muito cansativo», já que durante o ano passado estava uma semana por mês no Brasil, «correndo de um aeroporto para o outro», dadas as distâncias entre os estados brasileiros.

«Foi um desafio muito grande. Agora estamos a monitorizar» a relva, acrescentou.

Em relação à Vasverde, que produz e comercializa tapetes de relva para estádios e jardins, a empresária adiantou que no ano passado a faturação ascendeu a 1,3 milhões de euros, o que compara com 1,2 milhões de euros no ano anterior.

Dentro de dois anos, a empresária tem como objetivo «chegar aos dois milhões de euros» de volume de negócios.

Mas para atingir aquela meta, disse Ana Caldeira Cabral, é necessário «aumentar a área [de produção] em mais 20 hectares».

Com uma área de plantação de 63 hectares, num terreno que pertence à Casa do Cadaval, a executiva procura agora terrenos próximos daquela área para poder rentabilizar o negócio e manter os custos no mesmo nível.

«Tenho a perfeita convicção de que há mercado, é preciso é ter produto», sublinhou, razão pela qual quer chegar perto dos 90 hectares. Com uma área maior é possível produzir mais e alargar o negócio para fora de Portugal.

«Se encontrar os terrenos em 2014 isso vai ter um impacto [no negócio] no final deste ano e ainda maior no próximo», previu a empresária.