*Enviado-especial ao Brasil
Depois de outra pergunta no mesmo tom, sobre o facto de os adeptos neutrais não se identificarem com a forma de jogar do Irão, Queiroz voltou à carga: «Se o estádio estivesse cheio só com adeptos iranianos não haveria vaias. Aqui, havia quem apoiasse a Nigéria e por isso estava contra nós, e outros, que não entendem o que esta equipa tem de trabalhar para poder competir a este nível. Daqui por uns oito anos, quando o Irão tiver estrelas no Real Madrid, Barcelona ou Liverpool, talvez possamos fazer o que o público quer. Preferem ver 4 golos ou 5 golos, eu percebo isso, mas eu prefiro ir para casa com um ponto », insistiu.
Houve ainda uma terceira pergunta, sobre a forma como a equipa festejou, apesar de o jogo ter acabado sem golos e Queiroz respondeu com uma pergunta retórica: «Celebrámos o nosso desempenho, não o empate. O Irão defendeu, foi uma equipa realista, mas sempre com a baliza da Nigéria na mente, nunca deixámos de pensar em marcar. O futebol, por vezes, quando jogado com grande atitude, também pode ser atrativo, mesmo sem golos. Por esse tipo de pergunta, parece que querem expulsar estas equipas, asiáticas e africanas do Mundial, e Europa e América do Sul ficam a jogar sozinhas. Não é isso que querem, pois não?», concluiu.