Oscar Tabarez comentou, esta sexta-feira, em conferência de imprensa no Maracanã, o castigo de nove jogos e quatro meses de suspensão a Luis Suárez pela mordidela ao italiano Chiellini. Durante o encontro com os jornalista, em que o avançado foi praticamente tema único, o selecionador uruguaio apresentou a sua demissão do cargo de instrutor técnico da FIFA.

«O tema do nosso colega de equipa Luis Suárez mexeu connosco, tocou-nos.»

«Depois de termos visto as imagens sabíamos que existia a possibilidade de haver castigo para Chiellini e Suárez.»

«Desde que sou selecionador que sou acérrimo defensor do jogo limpo e da formação de valores. A FIFA e a UNESCO homenagearam-me por isso.»

«Nunca pensámos nos pormenores do que aconteceu com uma severidade excessiva, agora usada para satisfazer toda esta artilharia mediática.»

«Houve uso indiscriminado e tendencioso do poder. Como selecionador e professor sinto que tenho pela frente a teoria do bode expiatório.»

«Há perigo nesta forma de proceder. O bode expiatória é uma pessoa com direitos, e que deu muito ao futebol.»

«Quem beneficia com isto ? Neste Campeonato do Mundo vimos, antes e depois da situação entre Chiellini e Suárez, outros casos.»

«Duvido de que estas decisões evitem os excessos. Houve situações que se mediram com vários pesos e medidos. Houve omissão e exagero.»

«Conheço a FIFA e sinto que devo deixar o cargo que aí ocupo como membro de uma comissão técnica.»

«Estamos feridos, mas com uma força incrível. Mais do que nunca, amanhã... Vamos e vamos!»