Portugal e Espanha apresentaram esta quinta-feira, em Lisboa, o logótipo da candidatura conjunta aos Mundiais 2018 e 2022. Na sede da Federação Portuguesa de Futebol, o presidente do organismo, Gilberto Madail e o homólogo espanhol, Angel Maria Villar, referiram que esta imagem representa uma vontade única de dois países. Sobre a organização do Campeonato do Mundo, o presidente da federação espanhola referiu que há um jogo de alto nível que tem de ser disputado.
Primeiro, porém, o representante da empresa responsável pela criação do logótipo revelou que este se inspirou na obra do espanhol Joan Miró e do português José de Guimarães. Eugénio Chorão explicou que a imagem da candidatura nasceu através de um «solução expressa nas bandeiras portuguesa e espanhola», pois fez-se «uma fusão das cores de ambas para desenhar o mundo».
Depois, foi a vez de Angel Maria Villar sublinhar que Portugal e Espanha têm «muitos elementos em comum» e que «as outras candidaturas são muito fortes, por isso este vai ser um jogo disputadíssimo».
Gilberto Madail frisou isso mesmo na sua intervenção, recorrendo, já interpelado pela imprensa, à experiência do Euro-2004. «Quando iniciámos a campanha para o Campeonato da Europa, não tínhamos garantias nenhumas», disse o presidente da FPF, sobre apoios de outros países, para depois brincar com a situação: «O senhor Villar é vice-presidente da FIFA, por isso creio que vai votar nesta candidatura.»
Já o presidente da federação espanhola recordou que os países «irmãos» de Portugal e Espanha vêem o projecto ibérico com muitos bons olhos. «Não quer dizer que vá votar em nós, mas o Brasil vê a candidatura com grande simpatia, a Espanha também tem muitos países na América do Sul na mesma situação, mas temos de disputar o jogo», apontou Villar.