A «Hola» mexicana conquistou Moscovo (vitória por 1-0 frente à Alemanha) e expandiu-se para Rostov. Parece quase inquebrável. É solidária, sonhadora e explosiva.

Este sábado, na cidade sulista russa, «La Tri» voltou a vencer. Não entusiasmou como no jogo inaugural, mas cumpriu e tem o apuramento na mão. O facto de não ter entusiasmado é mérito da Coreia do Sul. A formação asiática retirou espaço que o México tanto gosta para ferir os oponentes. Obrigados a jogar em ataque continuada, os mexicanos sentiram dificuldades.

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Por isso, as primeiras situações para marcar foram dos sul-coreanos. Logo aos 13 minutos, Hwang – um dos bons valores desta seleção – deixou Álvarez para trás e cruzou para a entrada de Lee. Valeu o corte de Lozano, em missão defensiva, a evitar o pontapé certeiro. Pouco depois, Ochoa correspondeu da melhor forma ao desvio de Ki, após canto de Son (23’).

O jogo partiu-se e, claro, o futebol mexicano melhorou de sobremaneira. Numa transição rápida, Layún viu Lozano chegar atrasado por centímetros ao seu cruzamento. Dois minutos depois, Guardado cruzou rasteiro e Hyun-Soo Jang cortou a bola com o braço dentro da área. Com calma e classe, Carlos Vela converteu a grande penalidade e adiantou o México.

A Coreia do Sul viveu um período de convalescença e o México por pouco não acabou com o jogo. Layún – um dos «portistas» titulares a par de Herrera – viu JO negar-lhe o 0-2. Em contra-ataque, Ochoa negou o golo a Son, o melhor dos asiáticos.

A etapa complementar mostrou um México diferente. Foi uma equipa com mais capacidade para furar a muralha defensiva do adversário e para chegar com qualidade a zonas de finalização. Lozano e Chicharito não conseguiram visar a baliza de JO, ao contrário de Guardado. O capitão mexicano viu uma bola perdida à entrada da área e atirou forte para defesa do guarda-redes contrário (58’).

Pouco depois da hora de jogo, os mexicanos consumaram a superioridade na partida e praticamente arrumaram a questão relativa ao vencedor do jogo. Uma jogada que espelha na perfeição a ideia de Juan Carlos Osorio. Roubo de bola de Herrera, lançamento de Guardado para Lozano e arrancada do extremo do PSV. Em superioridade numérica, Lozano aguentou e tocou em Chicharito que, depois de fintar Jang, fez o 0-2. Golo 50 de Javier Hernández pelo México, num gesto técnico semelhante ao de Lozano contra a Alemanha.

Os sul-coreanos perderam-se em lances individuais e raras vezes incomodaram Ochoa. A exceção foi um momento de inspiração de Son. O jogador do Tottenham recebeu à entrada da área, tirou Rafa Márquez do caminho e atirou forte, sem hipóteses para o guarda-redes mexicano. Um golaço em período de compensação, insuficiente para evitar o oitavo jogo seguido da sua seleção sem vencer num Mundial.

A «Hola» mexicana está de volta, é saudável e recomenda-se.