Apesar da goleada por 8-0 frente a San Marino, na passada sexta-feira, Thomas Muller não era um homem feliz no final da partida. O avançado alemão questionou a necessidade de jogar contra equipas como San Marino e disparou contra o atual sistema de qualificação.

Para Muller, estes jogos não têm «nada que ver com futebol profissional» e são «um risco desnecessário».

«Não entendo este tipo de partidas, ainda menos com um calendário tão cheio. Entendo por eles, especialmente jogando contra os campeões do mundo», afirmou o avançado alemão.

As declarações de Muller causaram eco na imprensa internacional e não ficaram sem resposta por parte de San Marino. Alan Gasperoni, diretor de comunicação da federação do microestado, emitiu uma nota constituída por dez pontos, na qual criticou as declarações do alemão.

«Caro Thomas Muller, tens razão. Os jogos como o de sexta-feira não significam nada. Para ti», começa por dizer a carta.

Alan acusa os alemães de bullying e refere que os alemães deviam ter aprendido com a história: «Este jogo serviu para confirmar que vocês alemães nunca vão mudar e que a história vos ensinou que o bullying nem sempre é garantia de vitória».

O dirigente salienta ainda a importância que uma partida contra equipas como a Alemanha tem para um país tão pequeno como San Marino, explicando que «o jogo fez alguns habitantes de San Marino mais felizes por se lembrarem que têm uma verdadeira seleção nacional».