A máquina demolidora inglesa e a redenção colombiana. A montanha-russa de emoções panamiana e a impotência polaca na hora da despedida do outro. Pelo meio, o afável Japão-Senegal. O 11.º dia do Campeonato do Mundo 2018 em traços muito gerais.

O dia começou com a goleada (6-1) da Inglaterra ao Panamá. Os ingleses aplicaram a maior goleada do torneio até ao momento e garantiram a passagem aos oitavos de final, juntamente com a Bélgica. Destaque para Harry Kane, avançado inglês que fez um hat-trick e isolou-se na lista de melhores marcadores da prova.

Independentemente da derrota e consequente eliminação, a seleção da América Central fez história ao apontar o primeiro golo em fases finais de Mundiais.No Estádio de Nizhny Novgorod, celebrou-se como se aquele golo valesse a vitória do Panamá. Quem viu as lágrimas de Felipe Baloy instantes após o golo, certamente que se sentiu realizado. São histórias como as do Panamá que tornam os Mundiais tão especiais. 

Mais tarde, às 16h00, Senegal e Japão partilharam um ponto num jogo com quatro golos. Uma partida interessante de seguir, está claro. Um empate que deixou tudo em aberto para a terceira e última jornada: senegaleses e japoneses - ambos com quatro pontos - apenas precisam de um empate para seguir em frente.

Uma derrota do Senegal atira a Colômbia para a próxima fase. E por falar na seleção de Pékerman, hoje foi o dia da redenção do cafeteros. Após uma entrada em falsa na ronda inaugural - 2-1 frente ao Japão -, a Colômbia carimbou um visto precoce no passaporte da Polónia, após uma vitória por 3-0. E, acima de tudo, alimentou a esperança de passar à fase a eliminar.



FIGURA DO DIA: «The Hurricane». O furacão Kane chegou à Rússia. Depois de um bis no jogo inaugural, o capitão da Inglaterra elevou a fasquia e fez três ao Panamá, isolando-se na lista dos melhores marcadores do torneio. Tornou-se também no terceiro jogador da seleção dos «Três Leões» a marcar três ou mais golos em fases finais de Mundiais, depois de Roger Hunt (1966) e Gary Lineker (1986).


FRASE DO DIA: «Golo de Falcao foi uma das maiores alegrias da noite.» Uma lesão grave no joelho esquerdo sofrida em janeiro de 2014, roubou a Falcao o sonho de disputar o primeiro Mundial pela Colômbia. Volvidos quatro anos, agora 32 primaveras, El Tigre foi a bem a tempo de cumprir o sonho de criança. E bastaram dois jogos para se estrear a marcar na maior competição do mundo. Depois de tudo o que sofreu e lutou, entende-se perfeitamente a frase de Pékerman, selecionador da Colômbia. Ainda existem finais felizes. 




IMAGEM DO DIA: Lágrimas de Baloy. O Mundial eleva desconhecidos à condição de heróis. É o caso de Baloy, jogador panamiano. Onze minutos após ter saltado do banco, o defesa, de 37 anos, fez história ao minuto 78: apontou o primeiro do Panamá em fases finais de Campeonatos do Mundo. Uma explosão de alegria tremenda no Estádio Nizhny Novgorod e em todo o Panamá. Celebrou-se como se se tivesse vencido o Mundial. E, poucos minutos depois, Baloy não conteve as lágrimas. Um ponto de alegria no meio do desastre.