RESUMO – Suécia, México, Brasil e Suíça carimbaram o apuramento para os oitavos de final, num dia em que a grande nota de destaque – pela negativa - é a eliminação da atual campeã do mundo, a Alemanha.

Depois do título em 2014, uma queda com estrondo. E nem foi preciso sair da Arena Kazan para os germânicos fazerem contas a par do Suécia-México. Obra e graça de uma Coreia do Sul que fez os primeiros três pontos no Mundial e despediu-se em grande festa. Mesmo eliminada. Até atirou a «Mannschaft» para o último posto.

Com 0-0 ao intervalo nos dois jogos do grupo F, esperanças intactas e expetativa para suecos, mexicanos e alemães. Dúvidas dissipadas com o tempo, na segunda parte. A Suécia ganhou terreno, ao mesmo tempo que punha a nu debilidades mexicanas: Augustinsson, Granqvist, um autogolo de Álvarez e 3-0 limpo no marcador.

A diferença deixava os alemães a um só golo do apuramento. Ficaria o México de fora, mas pasme-se o mundo do futebol na compensação: Young-Gwon fez o 1-0, com confirmação do VAR. E a estrela Son, já no desespero alheio, só encostou para o 2-0, após Neuer ter subido à área contrária.

A Suécia fazia festa certa e o México juntava-se instantes depois, face aos ecos de Kazan.

A saída alemã é facto estranho à história do Mundial. Foi a primeira vez. Mas não o é falando em campeões do mundo. Em cinco ocasiões no novo século, foi a quarta vez que o detentor do título caiu quatro anos depois na primeira fase.

No grupo E, igualmente com três equipas na luta, a matemática parecia mais simples para Brasil e Suíça. E foi. O «escrete» encaminhou a liderança com o golo de Paulinho e completou-a com Thiago Silva.

Tarefa indiretamente facilitada para a Suíça no segundo lugar. A depender de si, os helvéticos deixaram escapar duas vantagens. A Costa Rica, já fora, não quis sair a zeros. Fez um ponto e marcou os dois primeiros golos.

Brasil-México e Suécia-Suíça nos «oitavos».

Um dia ainda marcado pelo cartão amarelo mais rápido, pelo espasmo de Marcelo na coluna e por um momento de festa de adeptos mexicanos com um coreano.

FIGURA DO DIA – Heung-min Son. A estrela principal coreana deu que fazer à defensiva alemã e brindou a nação asiática com o último golo a dar o xeque-mate na «Mannschaft» e na primeira vitória da Coreia do Sul em Mundiais, oito anos depois. Após uma subida do guardião Neuer à área contrária, recebeu um passe longo de Ju e sentenciou o jogo que deixou boquiaberto o mundo do futebol.

FRASE DO DIA – «Vou tomar uma caipirinha hoje». No dia em que Joachim Low admitiu ser «difícil explicar o que correu mal» à Alemanha, o selecionador do Brasil, Tite, primou pela cautela, satisfação e uma frase fresca em torno do apuramento do Brasil para os «oitavos».

IMAGEM DO DIA – aparente desalento num misto de sensações. Coreanos, à partida eliminados, de joelhos e cabeça ao solo: sinal de gratidão pela vitória ante a campeã do mundo. Um contraste com a desilusão total alemã.