RESUMO – No grupo G, a Bélgica venceu a Inglaterra e acaba no primeiro lugar, ao passo que a Tunísia derrotou o Panamá num jogo que já entrava nas contas. No grupo H, Colômbia e Japão passam à fase seguinte, com o Senegal "tramado" pelo critério disciplinar. 

Colômbia, Japão e Senegal lutavam por dois lugares nos oitavos de final deste Campeonato do Mundo e a tarde acabou por sorrir aos dois primeiros. Os nipónicos saíram derrotados no confronto com a já eliminada Polónia, ao passo que a Colômbia venceu o Senegal, assegurando assim o primeiro lugar, depois até de uma entrada em falso no primeiro jogo.

O problema? Japão e Senegal tinham então com os mesmos pontos, golos marcados, golos sofridos, e empate no confronto direto. O bilhete para a fase seguinte acabou por comprar-se através do critério disciplinar, uma decisão inédita que sorriu à formação asiática, que viu apenas quatro amarelos, contra os seis vistos pelo conjunto senegalês, que deixou o continente africano sem qualquer representante na Rússia para a fase a eliminar, algo que já não se via desde 1982.

Com o apuramento já alcançado, Inglaterra e Bélgica debatiam-se com outra «dor de cabeça»: evitar dificuldades acrescidas a curto ou a longo prazo? Com o quadro dos oitavos de final já praticamente definido, sabia-se duas coisas: quem terminasse em primeiro ia defrontar o Japão na primeira partida a eliminar, mas ficava, em teoria, no lado mais complicado do quadro, juntamente com Brasil, México, Argentina, França e Portugal, por exemplo. Quem fosse segundo tinha a Colômbia pela frente já no próximo jogo – à partida, um adversário mais difícil do que o Japão –, mas caía para o –  voltamos a reforçar em teoria – lado mais acessível do quadro, com a Espanha e a Croácia a surgirem como as maiores ameaças até à caminhada final.

Foi então a Bélgica a chegar-se à frente e a ficar com a fava, num encontro no qual os dois selecionadores aproveitaram para rodar, e muito, as respetivas equipas, e decidido com um grande golo de Adnan Januzaj, que contou ainda com um momento insólito protagonizado por Michy Batshuayi.

Já a Tunísia saiu por cima no duelo com o estreante Panamá, com as duas equipas já eliminadas, e voltou a vencer num Campeonato do Mundo, 40 anos depois. A última vitória tinha sido no Mundial de 78, realizado na Argentina, frente ao México. De lá para cá, três participações (1998, 2002 e 2006) e zero vitórias. Os tunisianos até começaram a perder, mas dois golos na segunda parte deram a volta ao resultado. Vale a pena referir que o primeiro, da autoria de Ben Youssef, foi o golo 2500 da história dos Campeonatos do Mundo. Os panamianos, depois de terem marcado o primeiro golo de sempre num Mundial, não conseguiram despedir-se com aquela que seria a cereja no topo do bolo: a vitória.

FIGURA DO DIA – Yerry Mina. O defesa-central até começou este Mundial como suplente, mas surgiu no segundo jogo da Colômbia, e ao que parece, para ficar. Depois de ter marcado frente à Polónia, Mina voltou a faturar nesta quinta-feira, para confirmar o apuramento dos cafeteros e mandar o Senegal para casa. Foi de resto eleito o homem do jogo.

FRASE DO DIA – «Não vou pedir aos jogadores para evitarem ver cartões amarelos». O selecionador do Senegal, Aliou Cissé, mostrou-se orgulhoso pela participação dos senegaleses, mas não escondeu o desalento pela forma como foram eliminados. «Acho que todos os jogadores conheciam as regras, mas não vou pedir-lhes para irem para o campo e evitarem o amarelo, o futebol é um desporto de contacto», disse, após o encontro com a Colômbia.

IMAGEM DO DIA – pé esquerdo de Januzaj, bola em arco, voo – em vão – de Pickford e o beijo nas redes da baliza. O belo golo do médio belga, que assegurou o primeiro lugar aos red devils e derrotou a Inglaterra. Um tento de sentimentos mistos, como já foi explicado em cima.

A fechar, a má notícia é que este Mundial vai agora para a primeira folga; a boa, é que está de volta no sábado, e logo com Portugal em ação.