Carlos Queiroz, treinador português que lidera a seleção do Irão, concedeu uma entrevista ao jornal espanhol Marca, onde, entre outros temas, analisou o grupo B, onde se encontram também Portugal, Espanha e Marrocos.

«É muito difícil. Até o mais complicado», resumiu o técnico que prepara a sua terceira fase final de um Mundial, depois de ter estado na África do Sul com Portugal, em 2010, e no Brasil, em 2014, já no comando da seleção asiática. Mas o português garante que o Irão não se dará por vencido antes do início dos jogos.

«Fizemos uma fase de classificação muito boa, que nos deu sensações de equipa muito consistente. Mas não somos conformistas e isso é passado», declarou o português, não escondendo, porém, a ambição de alcançar uma surpresa.

«Os dois favoritos defrontam-se no primeiro jogo e isso é o melhor para todos, porque Espanha e Portugal não vão jogar só para passar, mas sim para serem campeões do mundo, enquanto Marrocos e nós jogamos para passar aos oitavos de final», aponta o selecionador do Irão.

Instado a falar sobre como será defrontar Cristiano Ronaldo, com quem trabalhou não só na seleção portuguesa, mas também no Manchester United, Queiroz assumiu um sentimento especial pelo reencontro.

«É especial porque vivemos muitas coisas juntos. Ele é o melhor do mundo, mas quando rolar a bola, o que importa são as equipas», defendeu, fazendo ainda uma comparação entre o português e Messi.

«Para mim, o Cristiano é o melhor do mundo, mas o Messi faz coisas que não são humanas».

O treinador de 65 anos comentou ainda a eliminação de Portugal, no Mundial de 2010, aos pés de Espanha, defendendo que «com um árbitro com mais atenção ou se houvesse VAR, a história podia ter sido diferente.»