Após um domingo em que os «gigantes» surgiram amarrados, a primeira segunda-feira de Mundial ofereceu-nos um dia diferente: pela primeira vez as seleções com maior qualidade individual confirmaram a sua superioridade e venceram os respetivos jogos. 

O dia começou com um duelo entre Suécia e Coreia do Sul. Doze anos após a última presença na fase final de um Mundial, os suecos conseguiram sair vitoriosos do encontro. Órfã de Zlatan Ibrahimovic [62 golos em 116 jogos], coube a Andreas Granqvist resolver e oferecer a vitória à equipa nórdica. Os sul-coreanos libertaram-se após a inferioridade no marcador, mas não foram a tempo de impedir o desaire. A formação asiática não entrava a perder num Campeonato do Mundo desde 1998.

A Coreia do Sul ocupa o último lugar do Grupo F juntamente com a Alemanha, ambas sem qualquer ponto somado. Suécia e México, com três pontos cada, lideram.

Bélgica e Panamá foram as primeiras nações a entrarem em campo, no grupo G. A equipa de Roberto Martínez, que tarda em confirmar todo o potencial individual, demorou 47 minutos para quebrar a resistência panamiana. Mertens, avançado do Nápoles, apontou um dos melhores golos da prova até ao momento e adiantou a Bélgica. O jogo partiu-se e os belgas aproveitaram o espaço concedido para marcar mais dois, por intermédio de Lukaku (3-0).

A Inglaterra não quis ficar atrás da Bélgica e também entrou a vencer no Mundial. Desde 2010 que os ingleses não venciam um encontro da fase final de um Campeonato do Mundo. Aconteceu esta segunda-feira frente à Tunísia. A organização tunisina por pouco não saiu premiada. Sassi, de grande penalidade, anulou o tento inicial de Kane. Contudo, o príncipe inglês chegou ao «bis» e ofereceu o triunfo à seleção dos «Três Leões».

Feitas as contas, Bélgica e Inglaterra dividem a liderança. Panamá e Tunísia têm zero pontos.

FIGURA DO DIA: Harry Kane. Depois de quatro épocas a um nível brutal no Tottenham, o avançado inglês estreou-se num Mundial com um «bis». Kane resolveu o jogo ao marcar o golo da vitória da Inglaterra frente à Tunísia, em tempo de compensação. Uma vitória pela qual os ingleses desesperavam há oito anos.  

FRASE DO DIA: «Hoje, estou feliz por haver o VAR, pois, inicialmente, o árbitro não marcou.» A frase do sueco Andreas Granqvist reflete a importância da nova tecnologia no Campeonato do Mundo. Kim chegou tarde ao lance e derrubou Claesson dentro da área. Inicialmente, o árbitro da partida, Joel Aguilar, mandou jogar e só depois de recorrer ao VAR, é que se decidiu pela marcação da grande penalidade. Esse lance acabou por ter uma importância capital, visto que foi através do penálti assinalado que nasceu o único golo do jogo e a favor dos suecos.



IMAGEM DO DIA: Apito final no encontro entre Bélgica e Panamá. Romelu Lukaku e Fidel Escobar (ex-Sporting) ajoelham-se no relvado e agradecem a forças superiores. O futebol continua a ser um lugar de rituais e de superstições, independentemente do resultado final. Todos diferentes, todos iguais.