Se o jogo entre França e Bélgica foi retratado um pouco por todo o mundo com referências à banda desenhada – culpa de Asterix e Tintin, pois claro – foi na segunda meia-final que se escreveu história aos quadradinhos.

Pela primeira vez, os equipamentos aos quadrados da Cróacia vão apresentar-se na final de um Mundial. Para desgosto inglês que, por mais que o mundo rode, não consegue repetir a presença única no jogo decisivo - a tal que aconteceu no redondinho ano de 1966.

Os ingleses voltam a cair numa meia-final, tal como acontecera em 1990, apesar de até terem entrado no jogo com a Croácia a ganhar desde muito cedo e de se terem mostrado superiores em grande parte da partida.

No fundo, até ao momento em que Perisic decidiu vestir a capa de herói croata. Um golo aos 68 minutos e uma assistência para o golo decisivo de Mandzukic, já no prolongamento, – este com erro de Stones, a prolongar a maldição que parece ser carregada por quem mais imortalizou aquele apelido tão inglês, Mick Jagger – deitaram tudo a rolar. A perder, aliás.

Agora, para domingo, está marcada uma final de duas equipas doridas. Uma França que ainda não esqueceu a derrota com Portugal, no Europeu de 2016; e uma Croácia a quem ainda dói a meia-final do Mundial perdida em 1998… com a França.

Certo, certo, é que no final desta história – aos quadradinhos ou não -, só uma das seleções curará as feridas.

Domingo, às 16 horas começa a saber-se qual, quando a bola rolar. 

FIGURA DO DIA: Perisic. Sem dúvida o jogador mais decisivo naquela que foi, até ao momento, a mais importante vitória futebolística de um país com pouco mais de quatro milhões de habitantes. Esse «título» até pode durar só até domingo – é o que desejam todos os croatas, certamente – mas o episódio em que Perisic foi herói será sempre impossível de apagar.  

FRASE DO DIA: «Não há fraquezas numa equipa que atinge a final do Mundial». A Croácia chega à final do Campeonato do Mundo depois de três prolongamentos e dois desempates nas grandes penalidades. Mas desengane-se quem acha que isso pode colocar a seleção francesa em vantagem. A motivação de jogar uma partida desta importância supera todo o cansaço, e disso mesmo deu conta Zlatko Dalic, selecionador croata.

IMAGEM DO DIA: Toda uma nação em festa. O orgulho croata ganhou novos contornos com o feito conseguido em Moscovo pelos homens comandados por Dalic, e ultrapassou todas as fronteiras da Croácia.