Didier Deschamps vai voltar a disputar uma final de uma grande competição. O selecionador francês terá ocasião de ser campeão do mundo frente à Croácia, mas na antes do encontro de Moscovo, está na memória gaulesa a derrota no Stade de France com Portugal.

«O grupo é diferente de há dois anos, incluí 14 novos jogadores que só souberam o que era uma grande competição aqui na Rússia», começou por dizer Deschamps, em relação às diferenças que encontra do Europeu para o Mundial.

«Mesmo que tenhamos menos experiência, a qualidade está lá», acrescentou, para depois contrapor com o adversário deste domingo: «Os jogadores croatas têm experiência no clube e são jogadores já maduros. Enfrentámos essa situação em todos os nossos jogos, com adversários que tinham mais experiência. Apenas nove jogadores têm conhecimento do que aconteceu [em 2016], mas isso deve servir-nos para aquilo que nos espera amanhã. Haverá coisas a fazer de forma diferente.»

Deschamps garante que «não há nenhuma euforia» entre os gauleses. «Sinceramente, não sinto que haja, todos estão convencidos de que este é o maior jogo do ano», frisou.

«Cada partida tem o seu contexto, nós já tivemos uma final e correu mal, mas nada diz que não teria feito a mesma coisa se tivéssemos vencido», prosseguiu o francês.

«Adapto-me de acordo com o que sinto e o que vejo, vamos preparar-nos melhor, mas uma grande parte do trabalho está na análise do adversário, feita pelos nossos observadores com o vídeo», argumentou.

Deschamps foi o francês que levantou o troféu em 1998, quando era capitão de uma equipa francesa que se sagrou campeã do mundo. Questionado sobre as diferenças entre disputar o troféu em campo ou no banco, o técnico respondeu: «Quando se é jogador, é-se um ator, essa é a grande diferença. Quando se é treinador, vive-se através dos jogadores. A partida pertence aos jogadores. O meu sucesso está ligado ao deles.»